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Quarto dia de COP30 teve foco principal em questões de justiça e saúde climática

Brasil e OMS lideram compromisso global por sistemas de saúde resilientes, enquanto financiamento e Judiciário entram em campo pela equidade

Giovanna Camiotto

Publicado em 13/11/2025 às 23:00

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O destaque do dia foi a adoção do Plano de Ação de Belém para a Saúde (BHAP) / Bruno Peres/Agência Brasil

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O quarto dia da COP30 em Belém marcou um ponto de virada na agenda global, ao colocar o bem-estar humano diretamente no centro da ação climática. A quinta-feira (13) foi definida por um compromisso claro de que a adaptação começa com a proteção das vidas, passando pela saúde, educação e justiça social.

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O destaque do dia foi a adoção do Plano de Ação de Belém para a Saúde (BHAP). Desenvolvido sob a liderança do Brasil e da Organização Mundial da Saúde (OMS), o BHAP é um marco para construir sistemas de saúde resilientes ao clima, ancorados em equidade e justiça.

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O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, sintetizou a postura brasileira: “A resposta do Brasil na UNFCCC é clara: é hora de passar da reflexão à ação conjunta. Diante de um clima já alterado, não há alternativa senão que governos e políticas públicas se adaptem e enfrentem a mudança do clima”.

Para apoiar a implementação do plano, organizações filantrópicas globais, reunidas na Coalizão de Financiadores de Clima e Saúde, prometeram um aporte inicial de US$ 300 milhões.

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Educação, Justiça e Financiamento

As discussões foram além da saúde. A Mesa-Redonda Ministerial sobre Educação para a Sustentabilidade, organizada pelo Brasil e pela UNESCO, reafirmou a importância da educação como catalisadora da transformação. O Ministro da Educação, Camilo Santana, defendeu: “Precisamos de uma educação que prepare os estudantes não apenas para entender o mundo, mas para transformá-lo.”

Em paralelo, o Dia da Justiça, Clima e Direitos Humanos destacou o papel inédito do Judiciário na defesa da agenda climática. O Ministro Edson Fachin, do STF, convocou uma ampla rede de cooperação, afirmando: “O Judiciário é capaz de induzir comportamentos e promover justiça climática, consolidando-se como agente ativo da transformação exigida pela emergência ambiental.”

Por fim, o financiamento emergiu como o fio condutor dessas ações. Foi lançada a iniciativa FINI, que ambiciona captar US$ 1 trilhão em carteiras de projetos de adaptação até 2028. Além disso, houve a expansão dos Sistemas de Alerta Antecipado e novos fundos de resiliência, confirmando que a adaptação é um imperativo humano.

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O Secretário Executivo da UNFCCC, Simon Stiell, resumiu o espírito do dia: “Proteger a saúde em um clima em mudança exige uma abordagem de toda a sociedade. O lançamento do Plano de Ação de Saúde de Belém é um passo vital à frente, liderado pelo Governo do Brasil e pela OMS; integra adaptação, equidade e justiça climática — os três pilares de sociedades resilientes.”

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