A marcha foi organizada por integrantes da Cúpula dos Povos e da COP das Baixadas / Toninho Castro/Gazeta de S.Paulo
Continua depois da publicidade
A primeira semana da COP 30, no Brasil, registrou avanços relevantes e conseguiu evitar a paralisia inicial que travou as quatro conferências anteriores. Entenda os principais pontos abaixo.
O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP, adotou uma estratégia eficiente de negociar os 145 itens de consenso da agenda enquanto os quatro pontos mais conflituosos, incluindo o financiamento estatalm eram debatidos paralelamente. Essa tática colocou a conferência em movimento e permitiu a conclusão de diversos itens procedimentais.
Continua depois da publicidade
Um fator de grande destaque, embora não estivesse na agenda formal, foram as declarações do presidente Lula sobre a necessidade de um mapa do caminho para reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Essa fala gerou conversas paralelas significativas, com países como Alemanha e Reino Unido sinalizando que apoiariam uma proposta brasileira nesse sentido.
O financiamento para a transição energética segue como tema central. Enquanto o Acordo de Paris previa US$ 100 bilhões anuais dos países ricos (emissores históricos) para nações em desenvolvimento, o volume real necessário foi calculado em US$ 1,3 trilhão por ano.
Continua depois da publicidade
Na COP 29, chegou-se a um compromisso de US$ 300 bilhões, e os presidentes das COPs 29 e 30 ficaram encarregados de elaborar alternativas para alcançar o montante maior. No entanto, a definição da participação estatal nesse financiamento é um dos quatro itens que ainda estão pendentes e fora da agenda formal.
Os demais itens em impasse incluem o aumento da ambição das NDCs (metas nacionais), a forma de acompanhar o cumprimento das metas e a permissão de barreiras comerciais unilaterais por razões ambientais.