Política

Witzel diz que revelará 'fato grave' sobre a morte de Marielle e interferências de Bolsonaro no caso

A fala ocorreu quando Witzel respondia às perguntas do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI

Folhapress

Publicado em 16/06/2021 às 19:05

Atualizado em 16/06/2021 às 19:17

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O ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. / Antônio Cruz/Agência Brasil

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O ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse hoje, durante depoimento na CPI da Covid, que tem um "fato gravíssimo a revelar" relacionado a possíveis intervenções do governo federal em sua administração, mas só poderia dizer em uma sessão em segredo de Justiça.

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A fala ocorreu quando Witzel respondia às perguntas do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI. Ao fim do questionamento, Randolfe disse que vai requerer um depoimento reservado do ex-governador.

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"Só comunicando que estou requerendo o depoimento em reservado do Witzel, acho que ele tem informações complementares que poderá prestar à CPI", disse Randolfe. Witzel disse ter um "fato gravíssimo" a revelar quando Randolfe Rodrigues fez a seguinte pergunta:

"O senhor disse que ocorreram intervenções indevidas do governo federal no Rio, uma delas a mudança no comando da PF (Polícia Federal). Você confirma isso e lhe pergunto: além destas mudanças, ocorreu algum outro tipo de pressão direta para que ocorresse alterações na estrutura do governo dirigido por vossa excelência?", questionou Randolfe. 
Witzel respondeu na sequência, dizendo que só poderia falar em segredo de justiça.

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Na sequência, interpelado por Randolfe, Witzel confirmou que este fato envolveria intervenção no governo estadual. Mas não deu mais detalhes. 

O depoimento de Wilson Witzel foi interrompido minutos mais tarde, quando o ex-governador usou o habeas-corpus quando foi questionado sobre um possível superfaturamento na compra de respiradores para o estado durante a pandemia do coronavírus.. No Twitter, Randolfe Rodrigues reafirmou que pedirá a presença do ex-governador novamente.

Witzel volta a falar em 'fato grave'

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Na sequência, Witzel voltou a falar em fato grave ao ser questionado pelo presidente da CPI, o senador Omar Aziz (PSD-AM), sobre a reação de Bolsonaro a um episódio relacionado à investigação do caso Marielle Franco. 

Em outubro de 2019, a TV Globo divulgou a informação de que um porteiro do condomínio onde o presidente morava no Rio de Janeiro havia citado o nome de Bolsonaro no âmbito da investigação do assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes.

Você chegou a comunicar o presidente e com isso ele ficou com raiva em relação ao processo da Polícia Civil que o porteiro citava o nome dele?", questionou Omar Aziz. "Só posso responder se a CPI adotar o procedimento de segredo de justiça porque os fatos são graves", disse Witzel.

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O relator da CPI, o senador Renan Calheiros, pediu para que a sessão reservada ocorresse ainda hoje, mas Witzel pediu que ela fosse realizada em outro dia para ele ter a oportunidade de se preparar juridicamente e "para trazer elementos".

*Do UOL, por Hanrrikson de Andrade, Luciana Amaral e Thaís Augusto

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