18 de Setembro de 2024 • 19:47
Política
O polêmico projeto piloto que previa rodízio durante o inverno em Santos, foi retirado da pauta pelo autor, o vereador Fábio Nunes, durante a votação na sessão de ontem, da Câmara de Santos
O projeto de lei nº 61/2007, que proíbe a circulação de veículos automotores na região insular do Município de Santos, no período de 21 de junho a 20 de setembro, de segunda a sexta-feira, exceto feriados, em função do dígito final da placa de licenciamento, segundo o autor, tinha por finalidade reduzir a emissão de poluentes liberados na atmosfera pelos veículos, cuja dispersão é menor nesta época do ano. “A minha proposta era colocar Santos no rol das cidades que combatem a poluição global”, declarou o vereador.
Pautado pelo artigo 24 do Regimento Interno, a matéria teria que ser votada em caráter de urgência na Casa de Leis, porém, após cerca de uma hora de discussão, todos os vereadores que pediram a palavra orientaram o professor Fabião a retirar a urgência do projeto e convocar audiências públicas afim de amadurecer o tema em novos debates para, então, apreciá-lo novamente em plenário.
O rodízio de veículos, válido somente para automóveis com placa de Santos, atingiria diretamente a classe média que possui, na maioria dos casos, um veículo por família, segundo reconheceu o próprio vereador. ”Os ricos têm mais de um carro e não teriam problemas, os pobres andam de ônibus, mas a classe média seria afetada diretamente pela medida”.
A vereadora Cassandra Maroni Nunes (PT) questionou o mérito do projeto de lei e disse que a emissão de gás carbônico pelos veículo que circulam na Cidade “ainda não é crítica”. O questionamento do mérito da proposta também foi endossado pelo professor Reinaldo Martins (PT) que chegou a chamar o colega Fabião de ‘ecochato’, durante seu discurso.
O líder do PSDB na Câmara, Paulo Gomes Barbosa, também declarou que votaria contra o projeto. Apenas o vereador, Carlos Mantovani Calejon (PTB), afirmou que votaria a favor da proposta, pautada em 1a discussão. Este mesmo vereador pediu verificação de votação e a retirada da urgência projeto de lei recebeu 12 votos favoráveis e 1 contrário. A matéria segue para análise das comissões e retornará ao plenário em prazo indeterminado com os pareceres.
O autor da proposta retirou a urgência da votação, mas deixou claro, em plenário, que não desistiu do rodízio. “Em junho deste ano não teremos rodízio, mas teremos um ano para discutir o tema em audiências públicas e espero a aprovação para o inverno do ano que vem. É uma medida piloto, mas que trará um benefício para o planeta que enfrenta hoje o problema do efeito estufa e, consequentemente, do aquecimento global”, defendeu.
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