Política
O chamado para uma 'vigília' e a tentativa do ex-presidente de quebrar a tornozeleira eletrônica o colocaram atrás das grades
O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro foi preso preventivamente na manhã deste sábado / Fábio Pozzebom/Agência Brasil
Continua depois da publicidade
Um vídeo publicado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) nas redes sociais (assista aqui) motivou o pedido de prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, apresentado pela Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal. Na gravação divulgada ontem, o senador convocava apoiadores a se dirigirem ao condomínio Solar 2, em Brasília, onde Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde agosto, para “orar pela saúde” do pai.
A mobilização estava marcada para as 19h deste sábado e, segundo Flávio, também faria parte de uma vigília pela “volta da democracia”. O chamado levou a Polícia Federal a avaliar que o ato poderia gerar risco à segurança pública e reavivar acampamentos semelhantes aos registrados antes dos ataques de 8 de janeiro de 2023.
Continua depois da publicidade
No pedido encaminhado ao STF, a PF afirmou ser necessário “preservar a ordem pública e a segurança”, argumento que foi acolhido pelo ministro Alexandre de Moraes. Em sua decisão, o magistrado destacou que a convocação poderia estimular aglomeração em frente à residência de Bolsonaro e criar condições para tumultos ou tentativas de obstrução das investigações.
Moraes também citou, como agravante, uma tentativa de violação da tornozeleira eletrônica de Bolsonaro registrada às 0h08 desta sexta-feira. Para o ministro, o episódio indicaria intenção de fuga, reforçando a necessidade da prisão preventiva para impedir novos riscos ao andamento das investigações e à ordem pública.
Continua depois da publicidade