Política

Servidores de Cubatão realizam protesto e reivindicam melhor reajuste

Funcionários públicos acusam Prefeitura e sindicato de não revelarem valores negociados no dissídio

Publicado em 31/03/2016 às 10:50

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Durante manifestação, diversos servidores ocuparam o andar térreo do Paço Municipal em Cubatão / Luiz Torres/DL

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Um grupo de servidores municipais de Cubatão realizaram, ontem, uma paralisação para reivindicar melhores salários e condições de trabalho. Segundo a comissão de lutas, entre 250 e 300 funcionários participaram do ato, que não contou com o apoio do Sindicato dos Servidores Municipais de Cubatão (Sispuc).

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A principal luta dos servidores é em relação ao reajuste salarial. “Nós nos reunimos para exigir o respeito pelo nosso dissídio. Está prestes a fechar, no dia 5 de abril, e perderemos o prazo legal em virtude das eleições para conseguir algum reajuste. Pelo menos, a reposição da inflação no período de 12 meses”, explicou o servidor Antônio Lúcio Rocha Santos.

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Os servidores reclamam que nem a prefeitura ou Sispuc divulgam os índices que estão sendo negociados, mas que, a certeza é que o aumento real no salário será zero. “Eles estão empurrando com a barriga, esperando perder o prazo para poder falar que, em virtude da lei, não dá para dar um reajuste maior”, comentou Santos.

Outras reivindicações dos servidores tratam, principalmente, sobre o cartão-servidor e melhores condições de ­trabalho.

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“Não é só a questão do dissídio. Nós temos um cartão, Ecopag, que na cidade ninguém aceita. Que é o cartão-servidor. Um ou outro estabelecimento aceita, mas existe um limite para gastar. Na cesta-básica, os produtos caíram muito a qualidade. Tem um óleo que nunca ouvimos falar e é horrível. As condições de trabalho também. Eu sou professora e nas escolas que nós visitamos não existem nem manutenção. A escola onde trabalho não é pintada há 7 anos. A descarga do vaso sanitário quebrada, falta papel higiênico, e um monte de coisa dentro do ambiente de trabalho. Todo esse circo que montaram para nós, mas cansamos de ser palhaços. A prefeitura tem condição de oferecer um serviço de qualidade. Não tem servido porque não investe nesses serviços públicos e não valoriza os servidores. Estamos reivindicando apenas o que é de direito”, desabafou a professora Indra Justino.

A professora também criticou a posição do Sispuc. “O sindicato abaixa a cabeça para tudo que a prefeitura propõe. Há, simplesmente, uma determinação da prefeitura e o sindicato acata. Hoje veio o desconto na folha de pagamento pela contribuição sindical. Eles querem o nosso dinheiro, mas não querem lutar por nós”.

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Prefeitura segue em negociação

Questionada sobre a paralisação dos servidores, a prefeitura de Cubatão informou que ainda está em negociação com Sispuc sobre o reajuste do funcionalismo municipal e que não reconhece, portanto, qualquer tentativa de paralisação que não seja respaldada pela entidade que representa os servidores ou demais categorias.

O Executivo ainda ressaltou que toda a equipe e representantes do Sispuc estão empenhados na busca por uma proposta que seja boa para o servidor, realista e que atenda a Lei de Responsabilidade Fiscal, conforme apontamentos do TCE.

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