23 de Maio de 2024 • 15:59
Eleições 2022
Segundo interlocutores, Lula já afirmou que, com o tucano de vice, poderia dormir tranquilo: Alckmin, que foi quatro vezes governador, teria experiência e estatura política
Os dois já se encontraram diversas vezes reservadamente, sendo a última delas na sexta (11), na casa do ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT) / Luiz Carlos Murauskas/Folhapress
Um santinho da chapa Lula-Alckmin está circulando nas redes do PT dando como certa a aliança entre o ex-presidente Lula e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin para a disputa da Presidência neste ano. Na montagem com o rosto dos dois aparece a inscrição "Frente Ampla Contra Bolsonaro".
As tratativas para a formação da chapa Lula-Alckmin foram antecipadas pela colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, em novembro. Em dezembro, a coluna da jornalista também antecipou que a aliança para a formação da chapa já estava selada, embora ainda não tenha sido oficializada.
Os dois já se encontraram diversas vezes reservadamente, sendo a última delas na sexta (11), na casa do ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT), um dos principais articuladores da chapa e pré-candidato ao Governo de São Paulo. No encontro, estabeleceu-se que o anúncio oficial da aliança será feito em março.
Em dezembro, Lula e Alckmin fizeram a primeira aparição pública juntos no jantar do grupo Prerrogativas, em um restaurante de São Paulo.
Segundo interlocutores, Lula já afirmou que, com o tucano de vice, poderia dormir tranquilo: Alckmin, que foi quatro vezes governador, teria experiência e estatura política. Ajudaria a governabilidade. E não transformaria a vice em um centro de conspiração e sabotagem para desestabilizar o governo.
No dia 19 de janeiro, o ex-presidente defendeu a união com Alckmin em torno de sua candidatura. "Da minha parte não existe nenhum problema de fazer aliança com Alckmin e ter ele de vice. Nós vamos construir um programa de interesse para a sociedade brasileira. Não abro mão de que a prioridade é o povo brasileiro.
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Espero que o Alckmin esteja junto, sendo vice ou não sendo vice, porque me parece que ele se definiu em fazer uma oposição não apenas ao Bolsonaro, mas ao ‘dorismo’ [de João Doria] aqui em São Paulo", afirmou Lula em encontro com jornalistas.
Em dezembro, Alckmin deixou o PSDB após 33 anos e até agora está sem partido —a informação foi antecipada pela Folha de S.Paulo em maio de 2021. A ideia é que o ex-governador se filie ao PSB, sacramentando a aliança entre socialistas e petistas, mas o PV também fez um convite ao ex-governador para ingressar na legenda.
Lula, de acordo com o Datafolha, tem 48% dos votos, ou quase a metade do eleitorado que precisaria para vencer a eleição já na primeira volta.
Em janeiro, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), ​histórico aliado do PT, sinalizou não ter objeção à chapa Lula-Alckmin.
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