Giles Azevedo pediu exoneração da subchefia de políticas governamentais da Casa Civil / Folhapress
Continua depois da publicidade
Nomeado para um cargo com menor remuneração, o ex-assessor presidencial Giles Azevedo, integrante do gabinete da presidente afastada Dilma Rousseff, pediu exoneração da subchefia de políticas governamentais da Casa Civil.
A informação é do governo interino, que tirou o efeito nesta terça-feira (14) de nomeação que havia sido publicada no "Diário Oficial da União" na segunda-feira (13).
Continua depois da publicidade
O braço direito da petista, cujo cargo havia sido extinto no mês passado, havia sido designado para a nova função com o objetivo da administração peemedebista liberar postos com maiores remunerações para nomeações de sua confiança.
Segundo a reportagem apurou, foi a própria equipe da petista que havia negociado com a Casa Civil a realocação de Giles para um novo cargo, evitando que ele ficasse em uma espécie de limbo jurídico com a extinção do antigo posto.
Continua depois da publicidade
O salário de Giles no governo anterior era de R$ 18.572,45. No novo, ele receberia em média R$ 11.235, valor pago a um funcionário de confiança classificado como DAS-5.
Nas próximas semanas, a Casa Civil pretende realocar os principais integrantes do gabinete pessoal da presidente afastada para postos com menores remunerações.
A medida deve afetar Jorge Rodrigo Messias, o "Bessias", e Sandra Chagas Brandão, o "Google do Planalto".
Continua depois da publicidade
O foco da mudança são os DAS-6, considerados os mais altos na escala dos cargos de confiança. A ideia é alojar os aliados da petistas em cargos de DAS-5 ou DAS-4, com salários mensais menores.
Em média, um servidor DAS-6 recebe R$ 13.974,20, enquanto um DAS-5 recebe R$ 11.235 e um DAS-4, R$ 8.574,70.
Além das alterações, o governo interino dará um prazo de cerca de um mês para que Dilma devolva ao Palácio do Planalto cargos de confiança nomeados por ela para atuar no Palácio do Alvorada.
Continua depois da publicidade
O objetivo é reduzir de 35 para 15 o total de funcionários públicos que auxiliam a petista durante o período de afastamento da Presidência da República.
O novo número é previsto em parecer técnico produzido pela Casa Civil sobre os benefícios a que Dilma tem direito até a votação definitiva do processo de impeachment, programada para agosto.
O documento também restringiu o deslocamento da petista por meio de aeronaves da FAB (Força Aérea Brasileira), limitando-o de Brasília a Porto Alegre, onde vivem os familiares dela.
Continua depois da publicidade