Política

Quem é o suplente de Eduardo Bolsonaro após cassação do deputado federal?

O parlamentar foi desligado do cargo político nesta quinta-feira (18) devido ao excesso de faltas na Câmara dos Deputados

Giovanna Camiotto

Publicado em 18/12/2025 às 18:48

Atualizado em 18/12/2025 às 18:49

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O deputado Eduardo Bolsonaro (PL) / Marcelo Camargo/Agência Brasil

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O parlamentar Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi desligado nesta quinta-feira (18) do cargo de deputado federal após acumular faltas no trabalho da Câmara dos Deputados. Agora, quem assumirá a posição será o suplente Missionário José Olímpio, figura conhecida no meio político e meio evangélico. 

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José Olímpio Silveira Moraes é natural de Itu, no interior de São Paulo, tem 68 anos de idade, e é formado em Direito. Ele já foi vereador no município e no estado paulista, antes chegar à Brasília.

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Pouco depois, ele conquistou dois mandatos como deputado federal por São Paulo, defendendo pautas conservadoras e ligadas a valores religiosos. Em 2022, voltou a se candidatar ao posto de parlamentar, mas como suplente de Eduardo Bolsonaro no PL-SP.

Olímpio ganhou notoriedade como líder ligado à Igreja Mundial do Poder de Deus, do apóstolo Valdemiro Santiago. No campo religioso, adotou o título de Missionário José Olímpio, que também marca sua carreira política.

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Propostas evangélicas

Durante a atuação parlamentar, o Missionário apresentou propostas alinhadas a sua base evangélica, como um projeto de lei para instituir o "Dia Nacional de Adoração a Deus" e a criação/alteração de feriados religiosos.

Outra proposta que ganhou repercussão foi o que proibia a implantação de chips ou dispositivos eletrônicos em seres humanos, por considerar um risco à “Nova Ordem Satânica”. 

As iniciativas o colocaram como uma voz ativa do conservadorismo cristão no Congresso. Portanto, seu retorno à Câmara significa manter a representação de um parlamentar identificado com o público deste perfil.

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Motivo da cassação

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) perdeu seu cargo político nesta quinta-feira (18) devido ao excesso de faltas em um ano de trabalho na Câmara dos Deputados. A regra está prevista na Constituição e tem um rito próprio definido pela Casa.

De acordo com a Carta Magna, um parlamentar perde seu mandato se faltar a um terço (ou mais) das sessões de votações ao longo do ano. Seria o caso de Eduardo, que está morando desde fevereiro nos Estados Unidos. Ele ficou afastado do mandato até julho por conta de uma licença, algo que travou parte da contagem de ausência.

No entanto, Eduardo não pôde renovar esta licença neste ano, algo que fez com quem ele voltasse automaticamente ao mandato ainda no mês de julho. O parlamentar afirmou que não retornaria ao Brasil devido aos conflitos políticos envolvendo seu pai.

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O deputado passou a obter faltas a partir de agosto, por conta do impedimento da Câmara para registrar presença à distância. Até setembro, ele faltou em 24 das 39 sessões ocorridas neste ano, apenas uma delas com justificativa. A ausência ultrapassava 62% dos trabalhos da Casa.

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