19 de Maio de 2024 • 08:07
Política
O presidente nacional, deputado Benito Gama (BA), negou que a saída do partido do bloco aliado à presidente tenha relação com a distribuição de cargos do governo
O presidente nacional do PTB, deputado Benito Gama (BA), anunciou, na manhã deste sábado, que a legenda resolveu deixar a base de apoio da presidente Dilma Rousseff (PT) para apoiar a candidatura do tucano Aécio Neves à Presidência. "Resolvemos fazer esse anúncio oito dias antes da convenção, para ninguém dizer que foi surpreendido em cima da hora", disse Gama. Segundo o deputado, um evento, na próxima quarta-feira, em Brasília, deve selar a união da legenda com Aécio.
Gama negou que a saída do PTB do bloco aliado à presidente tenha relação com a distribuição de cargos do governo. De acordo com ele, o apoio do partido a Dilma foi "contaminado" pelas coligações estaduais das quais o partido participa, na maioria dos casos contra o PT. "Respeitamos os diretórios estaduais, mas tivemos dificuldades nas articulações com o PT em muitos Estados e isso acabou contaminando o diretório nacional", diz o parlamentar. "Tentamos manter o apoio à presidente, mas a situação chegou ao limite. A direção do partido não pode ficar contra a maioria de seus deputados e senadores."
Segundo o parlamentar, o cargo que a legenda ocupa no governo, a vice-presidência Corporativa da Caixa Econômica Federal, com Luiz Rondon Teixeira de Magalhães Filho, será devolvido. Ele ocupa o posto desde o início de maio, no lugar do ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). Geddel também deixou a base aliada do governo federal e é candidato ao senado na chapa que vai dar palanque a Aécio na Bahia, que tem como candidato ao governo Paulo Souto (DEM). O próprio Gama ocupou a vice-presidência de Governo do Banco do Brasil, cargo que deixou em abril para se candidatar a um novo mandato na Câmara.
Na Bahia, porém, o PTB deve manter o apoio ao PT, segundo o presidente nacional do partido. A legenda integra a chapa que apoia o candidato lançado pelo governador Jaques Wagner (PT), o ex-secretário da Casa Civil, Rui Costa (PT). "Estamos conversando, mas não acho que a posição vá mudar na Bahia", diz o parlamentar. "Mesmo com a nova posição do diretório nacional, os diretórios estaduais seguem sendo respeitados."
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