29 de Maio de 2024 • 19:44
Dirigentes do PT decidiram que não farão pressão sobre o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) para convencê-lo a renunciar ao mandato parlamentar e evitar o desgastante processo de cassação na Câmara dos Deputados após a expedição do mandado de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). "Nós entendemos a posição dele. Renunciar ou não é uma decisão dele", disse um cacique petista.
Embora tenham anunciado que respeitarão qualquer posição de Cunha, os petistas não descartam a possibilidade de conversar futuramente com o deputado dependendo do encaminhamento de sua situação na Câmara. "O partido pode aconselhá-lo, mas jamais impor", comentou o líder.
A cúpula do PT tem evitado falar abertamente sobre o caso. "Não vou me pronunciar sobre isso em respeito à dor dele", justificou o líder do PT na Câmara e vice-presidente da sigla, José Guimarães (CE), que é irmão do ex-deputado José Genoino (SP), atualmente em prisão domiciliar.
João Paulo Cunha, condenado no processo do Mensalão, aguarda a expedição do mandado de prisão para iniciar o cumprimento de sua pena de 6 anos e 4 meses por corrupção passiva e peculato. O petista ainda aguarda a análise de um recurso contra a condenação por lavagem de dinheiro, o que elevaria sua pena a um total de 9 anos e 4 meses. Alguns petistas defendem que Cunha deve renunciar ao mandato de deputado federal assim que for preso, o que evitaria o processo de cassação no Parlamento.
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