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O presidente da Câmara de Santos, vereador Sadao Nakai (PSDB), irá encaminhar ao prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) denúncia envolvendo o Terminal Marítimo de Passageiros Giusfredo Santini – Concais de Santos, que não estaria proporcionando segurança aos usuários, conforme denúncia do presidente da Confederação Nacional dos Usuários de Transportes Coletivos de Passageiros Rodoviários, Ferroviários, Hidroviários, Metroviários e Aéreos do Brasil (CNU), Elton dos Anjos.
O dirigente, que protocolou, na última terça-feira (22), denúncia no Ministério Público Federal (MPF), conforme reportagem de ontem do Diário do Litoral, esteve no gabinete da presidência do Legislativo, acompanhado do presidente do Sindicato das Empresas de Transporte, Locação e Fretamento de Micro-Ônibus no Estado de São Paulo (Setlofemesp), Edson Rocha, o Edinho, que também denunciou problemas.
“O presidente nos atendeu, disse que havia lido reportagem do DL, anotou todas as denúncias e disse que marcaria uma reunião com a direção do Concais e o prefeito Paulo Alexandre antes do feriadão de Carnaval”, disse Edinho.
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Segundo os dirigentes, o terminal, até o momento, não possui equipe médica de resgate, de enfermagem, cadeiras de rodas, desfribiladores, macas, rampas de acessibilidade e número suficiente de assentos para idosos e portadores de necessidades especiais.
Elton dos Anjos vai mais além, ele denuncia falta de bebedouros e local apropriado para embarque e desembarque, situação que se agrava em dias de chuvas, em que os usuários, independente da idade condições físicas, são obrigados a carregar pesadas malas sobre pisos com lama, paralelepípedos irregulares e trilhos ferroviários. Ele ressalta ainda que, além dos obstáculos do solo, os usuários têm que driblar caminhões, ônibus e trens.
“Tratam os usuários como cargas, como bicho e não como passageiros. É comum passageiros sentados no chão por falta de assentos. Além da falta de equipamentos e profissionais da área médica, os passageiros embarcam e desembarcam na área externa, sem qualquer proteção”.
Mais do que a falta de respeito com o usuário, o dirigente revela que não existe consideração com a Cidade de Santos. “Em dias de muita movimentação, não se consegue andar. Imagina se alguém passar mal no terminal. Os acessos dentro do terminal não permitem um atendimento rápido e emergencial. A taxa de embarque serve para infraestrutura”.
Edinho denunciou que o terminal estaria cobrando R$ 25,00 de cada por van e micro-ônibus que for buscar um ou mais passageiros no local. Em resposta, a Assessoria de Imprensa do Terminal revelou que a informação não procede e que o valor se refere a estacionamento e não à entrada no terminal. “Não há cobrança de nenhum tipo de taxa para buscar passageiros no terminal”.
Junto com a denúncia, Edinho voltou a abordar outro problema: um suposto acordo “desleal”, entre o Concais e as principais empresas de ônibus particulares de São Paulo, em que os passageiros estão sendo transportados do Terminal do Jabaquara (SP) ao Concais, e vice-versa, sem passar pela Rodoviária de Santos, desfavorecendo não só as vans, mas também os táxis, não contribuindo para a economia de Santos.
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O problema também estaria atingindo linhas do Interior do Estado, desfavorecendo também outro segmento: o comércio, principalmente do centro da Cidade (restaurantes, bares, lojas em geral), pois os passageiros não teriam a possibilidade de consumir bens e serviços, gerando mais impostos.
Outro setor que estaria sendo prejudicado, segundo Edinho, seria o turístico, pois o passageiro estaria deixando, entre outras coisas, de conhecer, por exemplo, o centro histórico, contrariando o discurso de autoridades municipais de que o terminal fomentaria a economia local.