29 de Maio de 2024 • 03:23
O novo primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, visitou neste sábado (29) a Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste do país. Em março de 2011 explosões na usina em função de um forte terremoto provocaram vazamentos, o que resultou em um dos piores acidentes radioativos da história recente do mundo. Segundo ele, suspender por completo as atividades da usina é um “desafio sem precedentes”. Mas manteve a determinação de só autorizar o funcionamento de reatores nucleares considerados totalmente seguros.
“O trabalho de desmantelamento é um desafio sem precedentes na história da humanidade e seu sucesso vai conduzir à reconstrução de Fukushima e do Japão”, disse Abe ao visitar as instalações da usina que sofreu o mais grave acidente nuclear desde Chernobil, em 1986.
Há informações que o governo do Japão estudar relançar o programa nuclear sob a liderança do Partido Liberal Democrata apesar de a opinião pública atribuir parte da responsabilidade da catástrofe à cultura de cumplicidade entre as autoridades e a indústria.
Porém, Abe reiterou que pretende acabar com a exploração da energia nuclear no Japão até 2030 e que irá autorizar a retomada apenas das operações dos reatores nucleares considerados seguros pelas autoridades. Desde março de 2011, quando houve as explosões e vazamentos, 50 reatores foram desligados para testes de resistência a catástrofes naturais.
As explosões e os vazamentos nucleares levaram à contaminação de plantações e também os pastos. O consumo de produtos da região de Fukushima foi proibido e áreas inteiras foram desativadas, assim como populações retiradas de suas cidades, para evitar o risco de contaminação.
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