Política

Para Marina, ainda falta marca ao governo Dilma

A ex-senadora disse que Fernando Henrique Cardoso conseguiu impor a marca da estabilidade econômica, enquanto Luiz Inácio Lula da Silva deixou sua marca por meio da inclusão social

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 09/10/2013 às 23:14

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A ex-senadora Marina Silva disse nesta quarta-feira (9), que ainda falta uma marca ao governo Dilma Rousseff. No final da primeira reunião da Executiva da Rede Sustentabilidade após a coligação com o PSB, Marina disse que Fernando Henrique Cardoso conseguiu impor a marca da estabilidade econômica, enquanto Luiz Inácio Lula da Silva deixou sua marca por meio da inclusão social. "A presidente Dilma precisa deixar sua marca e eu torço para que ela deixe, mas não a marca do retrocesso na agenda ambiental", declarou Marina.

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Na avaliação da ex-senadora, Dilma vem mantendo as conquistas do governo Lula, mas ainda está "manejando para manter as conquistas econômicas". "Espero que não haja retrocessos", afirmou. "Mas não torço para o quanto pior melhor", acrescentou. Marina voltou a dizer que, embora esteja priorizando o debate no âmbito nacional, a candidatura posta para a sucessão presidencial é a do governador Eduardo Campos. "Quem descartou minha candidatura não foi eu, foram os cartórios", disse.

Incomodada com a declaração do marqueteiro João Santana relacionando os candidatos da oposição a "anões", Marina disse que "anões não tem obrigação de vencer os gigantes" e sim "gigantes que têm a obrigação de vencer anões". Segundo ela, dois "anões" (ela e Campos) estão se juntando não para se tornar gigantes, mas para mostrar que podem ter mais "facilidade para enfrentar as dificuldades".

Marina Silva disse que ainda falta uma marca ao governo Dilma Rousseff (Foto: Agência Brasil)

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Na entrevista coletiva, Marina disse que inicia agora uma "profícua e renovadora jornada", que começa com a discussão da situação de alianças nos Estados. "O limite para qualquer empreitada é a manutenção da coerência", insistiu. De acordo com Pedro Ivo, secretário de organização da Rede, a sigla em formação vai discutir as situações regionais "caso a caso". "Nós vamos construir um caminho unitário nos Estados", afirmou. Marina chegou a admitir que aceitaria alianças com o PV, seu antigo partido, porque há afinidades programáticas entre a Rede e os verdes. "Para mim não tem problema", afirmou.

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