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Política

Para Caiado, Cunha não tem a "última palavra" sobre impeachment de Dilma

O presidente da Câmara afirmou que deve rejeitar um eventual pedido de impeachment da presidente com base nas chamadas "pedaladas fiscais"

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 27/04/2015 às 16:20

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O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) criticou nesta segunda-feira, 27, a possibilidade de o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) rejeitar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff elaborado pela oposição. Segundo o parlamentar, que participou da Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow), em Ribeirão Preto (SP). Cunha "não é a última palavra", nem "pode ser engavetador da proposta".

"Ele (Cunha) não é a última palavra; a última palavra é do plenário. Ele pode rejeitar, mas cabe recurso ao plenário", disse o parlamentar, "Ele não pode ser 'engavetador' da proposta".

No dia 19, durante evento empresarial em Comandatuba, na Bahia, Cunha afirmou que deve rejeitar um eventual pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff com base nas chamadas "pedaladas fiscais", manobra com a qual o governo usou bancos públicos para cobrir despesas com programas sociais que deveriam ter sido pagas pelo Tesouro.

O senador e ex-deputado federal disse o que pedido de impeachment está sendo construído pela bancada do PSDB na Câmara dos Deputados, com o apoio da oposição. Ele considerou que há "dados substantivos" para uma fundamentação jurídica da proposta.

"Vamos ver a fundamentação jurídica dos dados, que estão substantivos. Como, por exemplo, os empréstimos de bancos oficiais à controladora, a União, uma fraude, um crime à lei da responsabilidade fiscal", afirmou Caiado, em referência às pedaladas fiscais feitas pelo governo para cumprir a meta de superávit primário.

Ronaldo Caiado afirmou que Eduardo Cunha não tem a 'última palavra' sobre impeachment de Dilma (Foto: Agência Brasil)

Também presente na feira, o governador Geraldo Alckmin também falou a respeito do impeachment de Dilma. O tucano negou que o PSDB esteja dividido em relação a apresentar um pedido de impeachment contra a presidente. Alckmin evitou se posicionar sobre o assunto, mas cobrou a investigação para apurar as denúncias contra o governo federal, que possam embasar o pedido, como as pedaladas fiscais e o escândalo de corrupção na Petrobrás.

"O PSDB não está divido. O que todos nós queremos é investigação e há um processo de investigação que está começando na Justiça. A prioridade é a investigação", disse. "O pedido (de impeachment) cabe ao Congresso Nacional discutir; o foco agora é a investigação".

Durante a abertura do evento, um protesto pelo impeachment de Dilma impediu discurso de autoridades e a cerimônia foi encerrada prematuramente. Alckmin, ao contrário do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), foi aplaudido pelos manifestantes.

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