Política

Padilha diz que conversa entre Temer e Lula 'será retomada'

Segundo o ministro da Casa Civil, o encontro entre ambos, no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, foi 'mutuamente respeitoso'

Folhapress

Publicado em 04/02/2017 às 00:30

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Eliseu Padilha disse que a conversa entre Temer e Lula 'será retomada' / Celso Júnior/Estadão Conteúdo

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta sexta-feira (3) que a conversa entre o presidente Michel Temer e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "certamente será retomada".

Segundo Padilha, o encontro entre ambos, na noite desta quinta-feira (2), no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, foi "mutuamente respeitoso", mas ainda não houve nenhuma reunião oficial marcada.

"O momento não era apropriado [para marcar], mas certamente a conversa será retomada", disse o ministro, que integrou a comitiva de Temer ao hospital onde a mulher do petista, Marisa Letícia, está internada desde o dia 24 de janeiro.

Lula conversou com o presidente por 18 minutos. Bastante formal, como de costume, Temer ouviu de Lula críticas à reforma da Previdência e que o Brasil precisa "superar a crise e voltar a crescer gerando empregos", fórmula repetida publicamente pelo ex-presidente. O petista disse ainda que, pelo Brasil, "conversa com qualquer um".

Temer, por sua vez, disse que estava "feliz" em ouvir aquelas palavras do adversário político e que iria procurá-lo "muitas vezes" dali para frente.

Líder do governo no Congresso e um dos principais aliados de Temer, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) disse à reportagem que Lula é um "ator político" e que é importante "retomar o diálogo" com o ex-presidente "quando esse momento passar", referindo-se ao acirramento do cenário político.

"A disputa é natural e conjuntural, mas gosto muito do Lula. Ele é um ator político e, quando isso passar, é importante retomar o diálogo", afirmou Jucá, que também acompanhou Temer ao hospital.

A comitiva do presidente era composta por Renan Calheiros (PMDB-AL), José Sarney (PMDB-AP), Eduardo Braga (PMDB-AM), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e pelos ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral), Helder Barbalho (Integração Nacional), José Serra (Relações Exteriores), Henrique Meirelles (Fazenda), além de Padilha e Jucá.

Segunda Cássio Cunha Lima, Lula destacou a importância de não deixar que a disputa política envenene as relações humanas.

Para o senador do PSDB, Lula disse que a visita do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, horas antes da chegada de Temer, foi um "exemplo pedagógico para as próximas gerações".

Sindicalistas

Segundo a reportagem apurou, Lula ficou bastante irritado ao saber que Temer foi hostilizado ao chegar ao hospital por cerca de dez simpatizantes do PT, que o chamaram de "assassino" e "golpista".

O ex-presidente afirmou a aliados que não quer que a morte de Marisa se torne um "espetáculo político" e pediu que os sindicalistas e movimentos sociais que apoiam o PT não se desloquem para a frente do hospital, mas sim para o velório da ex-primeira-dama, que deve acontecer no sábado (4), no Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo (SP).

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