O advogado Rodrigo Julião teve a maioria dos votos nas eleições, mas os sufrágios foram considerados nulos / Matheus Tagé/DL
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A Ordem dos Advogados do Brasil, seção de São Paulo, nomeou três interventores para a administração, gerência e representação da subseção de Santos. O então presidente advogado Rodrigo Julião e toda a sua diretoria estão afastados de suas funções desde a tarde desta segunda.
“Nós vamos acatar e cumprir a ordem da OAB de São Paulo assim como sempre fizemos. Mas lamentamos esta decisão, nunca descumprimos nenhuma regra da Ordem ou decisão judicial”, comenta Julião. Segundo ele, esta é a primeira vez que a subseção de Santos sofre uma intervenção em 83 anos de história.
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Os advogados Célio Dias Sales, Maurício Fernando Rollemberg de Faro Melo e Wanderley de Oliveira Tedeschi ficarão no cargo pelos próximos 90 dias. Após este período, Julião ainda não sabe o que irá acontecer. “Acredito que eles vão decidir os próximos passos. Mas, os advogados já decidiram quem deve ficar à frente da OAB Santos”, comenta o advogado.
Ele afirma ainda que espera que o conselho federal da Ordem consagre a chapa que o elegeu campeã do pleito. “Na pior das hipóteses, espero que eles convoquem novas eleições, mas tenho certeza que a vontade da maioria dos advogados irá prevalecer novamente”, acredita.
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Eleição
A intervenção é mais um episódio da briga entre a Chapa 1 “OAB Por Você” e a Chapa 2 “OAB Ainda Mais Forte” pela gestão da entidade. Julião se mantinha na presidência por conta de uma decisão, proferida pelo Tribunal Regional Federal (TRF) – 3ª Região, que concedeu o efeito suspensivo ao recurso de apelação interposto por ele.
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Em novembro, as eleições para o novo presidente da OAB Santos foi conturbada. Rodrigo Julião teve maioria de votos, mas não saiu vencedor. Os 2.323 votos depositados para o então presidente da entidade foram considerados nulos.
Com isso, o candidato da Chapa 1, Luiz Fernando Rodrigues, que obteve 1.753, foi considerado presidente. Ainda houve 187 votos nulos e 62 em branco. Rodrigues esteve à frente da subseção por sete dias.