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A presidente Dilma Rousseff evitou comentar o encontro que teve com Lula nessa quinta-feira, 10, no qual também estiveram membros do PT e do núcleo de marketing da presidente. "A conversa com o Lula sempre é muito simpática. Geralmente conversamos eu e ele sobre tudo". Perguntada sobre como reagiu à aliança Marina Silva e Eduardo Campos, ela também foi evasiva: "Se eu ficar pensando na próxima eleição eu não governo", disse, ao desembarcar por volta das 14h40 desta sexta-feira, 11, na base aérea de Canoas para cumprir agenda em Novo Hamburgo, na região metropolitana de Porto Alegre.
No terminal militar, ela detalhou os recursos para a construção do metrô de Porto Alegre. O anúncio oficial das verbas será neste sábado, 12, em Porto Alegre. "Eu darei os recursos. Vamos colocar dinheiro do Orçamento Geral da União e de financiamento com juros subsidiados. Da estimativa total de R$ 4,8 bilhões, o governo federal vai entrar com R$ 3,5 bilhões. Deste valor, metade é do Orçamento e a outra metade é financiamento, 61% tomado pelo estado e 39% pela prefeitura".
Dilma adiantou ainda o anuncio de outro projeto de mobilidade urbana,que será a construção de corredores de ônibus na Região Metropolitana que beneficiará as cidades de Porto Alegre, Viamão, Eldorado do Sul e Guaíba, com recursos do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) mobilidade urbana.
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Neste sábado, Dilma inaugura creches no Vale do Sinos. A região é a principal fabricante de calçados do País e de onde, na terça-feira, 08, saíram rumo à fronteira com a Argentina três centenas de trabalhadores para protestar contra restrições feitas pelo governo de Cristina Kirchner para o ingresso de produtos brasileiros em seu país. Dilma afirmou que o governo tem manifestado sua insatisfação com o protecionismo argentino, mas que o diálogo entre os dois parceiros comerciais deve ser respeitado.
"Já houve casos também bastante dramáticos em outros setores. Semanalmente a Abicalçados entrega ao governo brasileiro todas as informações relativas a esse problema. O governo brasileiro age entregando os mesmo problemas ao governo argentino e pedindo uma solução", explicou Dilma.
Sobre a prisão da bióloga brasileira Ana Paula Maciel, detida em 19 de setembro no Oceano Ártico por autoridades russas enquanto participava de um ato do Greenpeace,a presidente explicou que a diplomacia brasileira está ativa no assunto. "Prenderam uma cidadã brasileira na Rússia e é óbvio que estou intercedendo. Manifestamos a eles e estamos esperando uma resposta." Nessa quinta-feira, a presidente instruiu ao Itamaraty dar toda a assistência à militante e sua família.
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