Política

Ministro Joaquim Barbosa defende reforma política

O presidente do STF deu suas opinições durante um painel do evento do qual participou na Pontifícia Universidade Católica (PUC), no Rio de Janeiro

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 14/10/2013 às 15:32

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, fez críticas ao sistema político brasileiro e defendeu uma reforma política, durante a Conferência Global de Jornalismo Investigativo, hoje (14), no Rio de Janeiro.

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"Voto obrigatório, impossibilidade de candidaturas avulsas, excesso assombroso no número de partidos políticos; mercantilização de partidos políticos, coronelismo e mandolismo na estrutura interna de certos partidos políticos e atomização do voto nas eleições proporcionais. Eis aí um pequeno catálogo dos problemas do sistema político brasileiro", disse ele.

O ministro deu suas opinições durante um painel do evento do qual participou na Pontifícia Universidade Católica (PUC), na zona sul da cidade. Para ele, "o povo tem sido sistematicamente ignorado e colocado de lado nas decisões políticas", comentou.

O ministro criticou a lentidão do Judiciário e disse que existe um "bacharelado decadente", com cultura jurídica complacente com a impunidade, que privilegia o academicismo estéril, desconectado da realidade. Segundo Barbosa, a existência de apenas três grandes jornais no país não permite pluralismo na mídia brasileira.

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Joaquim Barbosa fez críticas ao sistema político brasileiro (Foto: Divulgação)

"As manifestações culturais, os falares de algumas regiões do país não estão presentes na mídia", ponderou ele. "Embora negros e mulatos respondam por cerca de 50% da população, são muito raros nas redações, nas salas de imprensa, no noticiário da TV e em postos de liderança no jornalismo", comentou ele, ao argumentar que por isso, esse segmento social se vê excluído das notícias.

Ao ser perguntado se tinha simpatia por algum pré-candidato a presidente, Barbosa respondeu que "o quadro político brasileiro não me agrada nem um pouco", e garantiu que não seguirá carreira política enquanto estiver no STF. Entretanto, aos 59 anos, declarou não pretender ser ministro da Corte até os 70 anos, idade limite para a permanência no STF.

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"Não tenho, no momento, nenhuma intenção de me lançar candidato a presidente da República. Em 2018 estarei em alguma praia", brincou ao responder se pensava em se candidatar a presidente neste ano.

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