19 de Maio de 2024 • 08:12
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) enviou nesta quinta-feira, 21, uma recomendação à diretoria do presídio e Sistema Penitenciário do Distrito Federal para que seja seguido o princípio da isonomia no tratamento aos internos e visitantes das unidades prisionais.
Trata-se de uma manifestação contra as críticas de que os petistas José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino, presos em decorrência do julgamento do mensalão, estão tendo privilégios na prisão em especial em decorrência das constantes visitas a eles de amigos, familiares e parlamentares do partido.
Sem citar o nome dos políticos presos no Complexo Penitenciário da Papuda em decorrência do julgamento do processo do mensalão, a Promotoria de Justiça de Execuções Penais do MPDFT relatou, no documento, as informações dos veículos de comunicação sobre o entra e sai de visitantes na Papuda nesses últimos dias.
A Promotoria lembrou que o horário de visitação do presídio é às quartas e quintas-feiras, das 9h às 15h, além de destacar que os visitantes devem passar por revista, estar com roupa apropriada e deixar aparelhos eletrônicos na entrada. A entrada irrestrita dos parlamentares independentemente dos horários estabelecidos é um entendimento do juiz da Vara de Execuções Penais, que pode ser suspensa a qualquer momento.
Nesta quarta-feira, 20, essa rotina de visitas teve seguimento. Um grupo de oito senadores e três deputados petistas estiveram com Dirceu, Genoino e Delúbio Soares. Segundo um deles, o líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), os parlamentares estão ainda mais "convencidos de que houve, no cumprimento da sentença (do STF), arbitrariedade". Eles voltaram a destacar a preocupação com a saúde do ex-presidente do PT, José Genoino. "Estamos falando de uma vida que está em jogo", disse Dias. Com relação ao estado de saúde de Genoino, Dias afirmou que é visível a gravidade da situação. "Estamos aqui como senadores da República, afirmando que a situação é muito grave". Após a visita, Genoino acabou deixando a prisão após uma suspeita de enfarte.
O senador Eduardo Suplicy (SP) ressaltou que os parlamentares não estiveram na cela dos presos e que, a pedido do diretor do presídio, João Feitosa, eles não fotografaram o encontro.
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