Política

Lula pede "tranquilidade" e "paciência" aos peemedebistas do RJ

Para o ex-presidente, se o governador Sérgio Cabral decidir deixar o governo, a saída deve acontecer no prazo final, em abril do ano que vem

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 04/10/2013 às 23:39

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Em três horas de conversa com o governador Sérgio Cabral (PMDB) e com o pré-candidato do PMDB ao governo, Luiz Fernando Pezão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu "tranquilidade" e "paciência" aos peemedebistas na discussão sobre a sucessão no Estado. O petista aconselhou Cabral a decidir com calma sobre uma possível saída do governo, o que permitira que Pezão, vice-governador, assumisse e ganhasse visibilidade e força política para a disputa. Para Lula, se Cabral decidir deixar o governo, a saída deve acontecer no prazo final, em abril do ano que vem.

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Cabral fora do governo também abriria caminho para que um de seus filhos, Marco Antônio Cabral, vice-presidente do PMDB-RJ e presidente da Juventude Nacional do PMDB, fosse candidato a deputado federal.

Lula procurou, mais uma vez, aplacar a irritação dos peemedebistas com a pré-candidatura do senador petista Lindbergh Farias ao governo do Estado. O PMDB-RJ não aceita palanque duplo para a reeleição da presidente Dilma Rousseff e cobra apoio do PT a Pezão. Lula, no entanto, não tem demonstrando disposição de pedir a Lindbergh para desistir da disputa.

Nesta sexta-feira, 04, durante cerimônia de filiação de oito deputados estaduais ao PMDB, Pezão cobrou lealdade dos aliados no Estado. O PT marcou para o fim de novembro a saída do governo estadual, onde tem duas secretarias e cerca de 150 cargos de confiança.

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Lula pediu tranquilidade e paciência aos peemedebistas do Rio de Janeiro (Foto: Agência Brasil)

Em discurso, Pezão disse que Cabral, no passado, "estendeu a mão para o PT, para Lula e para Dilma". "Somos leais com nossos aliados e não vamos deixar que ninguém nos passe para trás. Quem pensava que o PMDB estava fora do jogo, agora sabe o tamanho do exército que a gente tem", discursou o vice-governador, que assumiu a pré-candidatura. "Deus me deu um pé grande pra eu poder caminhar muito. Vocês vão se orgulhar do candidato que vão ajudar a empurrar ano que vem", brincou. Entre os deputados recém-filiados ao PMDB, alguns eram do PSB e se rebelaram contra a decisão da direção nacional socialista de deixar o governo Cabral.

Embora enfrente uma grave crise política, com protestos permanentes que pedem sua saída do governo e críticas pela atuação violenta da polícia contra manifestantes, Cabral mantém a ameaça de não apoiar Dilma se Lindbergh insistir na candidatura ao governo.

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Marco Antônio Cabral pediu empenho na campanha. "O PMDB mudou o Rio e está transformando este Estado. A gente não vai ter vergonha de sair na rua ano que vem mostrando tudo o que foi feito", afirmou.

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