Política

Lula defende eleições diretas e reitera que vai se candidatar

Ele reforçou que o presidente Michel Temer tem de sair do poder, mas que a sucessão não pode ser definida por eleições indiretas

Estadão Conteúdo

Publicado em 20/05/2017 às 20:30

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Lula defende eleições diretas e reitera que vai se candidatar / Agência Brasil

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a realização de eleições diretas e repetiu que vai se candidatar à Presidência da República, em evento na manhã desta sábado (20), para posse da direção do diretório municipal de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. "Nós queremos eleições diretas, se perdermos democraticamente, valeu o jogo."

Ele reforçou que o presidente Michel Temer tem de sair do poder, mas que a sucessão não pode ser definida por eleições indiretas. "Queremos que Temer saia logo, mas não queremos eleições indiretas. Não dá para achar que podem indicar por nós o presidente da República."

Ao mencionar as acusações que sofre, Lula disse que essas "provocações" o incentivam a concorrer ao cargo de presidente. "Isso me dá mais vontade de disputar a eleição. Se eu puder contribuir junto com vocês para recolocar o Brasil na rota de crescimento, para recuperar o orgulho nacional, a autoestima do povo, estarei nas trincheiras com o povo. Tem muita briga para a gente fazer", afirmou no evento, que foi transmitido pelo Facebook do ex-presidente.

Consumo

Lula defendeu o estímulo ao consumo como caminho para o Brasil voltar a crescer e também para a geração de empregos. Sem consumo, de acordo com ele, não é possível retomar os investimentos no País. "Não é possível País crescer, gerar emprego e o povo melhorar de vida se não tiver um pouco de dinheiro no bolso para gastar", afirmou Lula, durante seu discurso.

O petista lembrou ainda a política de crédito, com destaque para o consignado (com desconto em folha), adotada em sua gestão e continuada nos anos seguintes pela ex-presidente Dilma Rousseff. De acordo com ele, a concessão de R$ 1 bilhão para empresários pode até gerar empregos mas, primeiro, vira conta corrente e depois empreendimento. No entanto, o mesmo R$ 1 bilhão distribuído a milhões de pessoas pode, conforme Lula, "em dez minutos" voltar ao mercado.

O ex-presidente disse também ue as empresas estão migrando a sua produção e, com isso, pessoas estão perdendo o emprego. "O governo precisa se preocupar com essa gente. Não governamos para o mercado, governamos para o povo", afirmou Lula.

Ele criticou as escolhas do governo atual no âmbito do processo de ajuste fiscal e disse que a gestão do presidente Michel Temer está acabando com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), com o Programa Universidade para Todos (Prouni) e, desta forma, prejudicando a população mais pobre, com o aumento do desemprego

Privatização

A estratégia de privatização adotada no governo atual não vai resolver o problema da economia, de acordo com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Ao invés de encontrarem formas de o País crescer, estão cortando. Não é assim que se resolve o problema da economia", disse ele.

O petista afirmou que o governo, em vez de procurar alternativas para tirar o País da crise, está empurrando a conta para as pessoas e o trabalhador rural, referindo-se à reforma da Previdência. "Não podemos mais querer isso. A sociedade avançou e estão fazendo retrocesso. Estamos tomados por um complexo de vira-lata que está entregando a nossa economia", ressaltou Lula

Ele também criticou a mudança nas leis do pré-sal. De acordo com Lula, o governo atual fez com que as "multinacionais passassem a ser donas do petróleo". Disse ainda que os bancos públicos e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não deveriam ter parado de emprestar para que o País continuasse a se desenvolver.

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