MPF afirma que André Luiz de Oliveira recebeu R$ 500 mil de propina da Odebrecht / Divulgação
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O Ministério Público Federal afirma que o vice-presidente do Corinthians, André Luiz de Oliveira, o André Negão, recebeu R$ 500 mil de propina da Odebrecht. Ele foi levado para depor em condução coercitiva nesta terça-feira (22), em São Paulo, durante a 26ª fase da operação Lava Jato.
Segundo a investigação, o dirigente corintiano está envolvido em um esquema de pagamento de propinas na obra do estádio do clube, executada pela empreiteira, em Itaquera. O Ministério Público Federal diz que o dirigente aparece em uma planilha recolhida na empresa. Ele está identificado como "Timão".
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"André Luiz de Oliveira: Pessoa vinculada a entregas ao codinome TIMÃO", diz trecho do documento do órgão.
A reportagem tentou entrar em contato com André Luiz de Oliveira, mas ele não atendeu as ligações.
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O deputado federal Andrés Sanchez (PT-SP), ex-presidente do Corinthians, confirmou que o dirigente do clube depôs na Polícia Federal.
"Não tem nada a ver com o Corinthians o fato de ele ter sido levado a depor. São coisas dele. Não tem nada a ver com a arena também", afirmou Andrés.
Arena Corinthians
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Palco da abertura da Copa do Mundo de 2014, a construção da arena Corinthians teria sido viabilizada com o pagamento de propina pela Odebrecht. A afirmação é do procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos coordenadores da força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba.
Segundo ele, os rastros de repasses ilegais apareceram em planilhas apreendidas que indicam o envolvimento da diretoria da Odebrecht que cuida da gestão do contrato com o Itaquerão. O procurador disse que ainda está em análise inicial a lista dos destinatários dos pagamentos.