Política
Decisão marca tentativa de transferir o espólio político do ex-presidente para a família; PL agora se mobiliza em torno da candidatura
Flávio é o primogênito de Jair Bolsonaro e deve herdar espólio político do pai / Reprodução/Instagram
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Nesta semana, Jair Bolsonaro declarou publicamente que seu filho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), será o candidato do clã à Presidência da República nas eleições de 2026 — a primeira vez que o ex-presidente manifesta essa intenção oficialmente.
Segundo relatos à imprensa e aliados do ex-presidente, a estratégia visa dar musculatura política a Flávio: ele deverá intensificar agendas, percorrer o país e assumir protagonismo nos palanques estaduais para se consolidar como alternativa a Luiz Inácio Lula da Silva.
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No núcleo bolsonarista, o argumento para a escolha é de que Flávio tem perfil mais “moderado” em relação aos irmãos, o que facilitaria alianças com partidos de centro e setores econômicos. A ideia é que ele transmita “previsibilidade” para investidores e atores políticos.
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Para estruturar a candidatura, estima-se que o PL será convocado a definir um vice — possivelmente indicado por partidos aliados do “Centrão” —, e a esposa do ex-presidente, Michelle Bolsonaro, pode concorrer ao Senado.
Importante lembrar que o ex-presidente Bolsonaro foi declarado inelegível até 2030, em razão de condenações por abuso de poder e irregularidades eleitorais.
Mesmo assim, a indicação de Flávio como candidato mostra o esforço do bolsonarismo em manter o controle do partido e capitalizar a base de apoiadores — apesar dos recentes desdobramentos judiciais.
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Já do outro lado do espectro político, a movimentação gerou reações imediatas: líderes próximos ao governo afirmaram estar prontos para enfrentar a eventual candidatura, considerando-a “já no tabuleiro eleitoral”.
A oficialização da candidatura de Flávio Bolsonaro pelo partido e a definição de uma chapa completa (vice, programa, base de apoio).
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A reação de outros nomes da direita que por enquanto eram cotados — como o governador Tarcísio de Freitas — e reacomodações no campo bolsonarista.
A recepção popular e o peso da conjuntura judicial: as condenações e inelegibilidade de Jair Bolsonaro podem influenciar o desempenho da sigla nas urnas e alterar alianças.
Estratégias de alianças com partidos do “Centrão” e setores moderados, com o discurso de estabilidade política e econômica, conforme expectativa de “normalização” com o nome de Flávio.
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