18 de Maio de 2024 • 14:10
Política
A inversão do quadro - com as avaliações ruim e péssimo ultrapassando bom e ótimo - é, na opinião da especialista em pesquisas Fátima Pacheco Jordão, o dado mais importante e o maior obstáculo de Dilma rumo a uma recuperação
O governo federal e a presidente Dilma Rousseff terão muito trabalho para reverter a imagem negativa apontada em pesquisa Datafolha, divulgada no último sábado, 7. A inversão do quadro - com as avaliações ruim e péssimo ultrapassando bom e ótimo - é, na opinião da especialista em pesquisas Fátima Pacheco Jordão, o dado mais importante e o maior obstáculo de Dilma rumo a uma recuperação.
"Desde que o PT chegou ao governo é a primeira vez que isso acontece. Isso significa que, numa situação coletiva, num bar, os que criticam o governo serão sempre maioria. É um péssimo sinal do ponto de vista da recuperação", analisa a socióloga. A avaliação positiva do governo caiu de 42% em dezembro para 23% em fevereiro, enquanto a negativa subiu de 24% para 44%.
Outro dado ressaltado é a queda da presidente no Nordeste, região que lhe deu a maior porcentagem de votos na última eleição. Na região, os que desaprovam o governo foram de 16% para 36% em dois meses. A pesquisadora diz que é urgente a recuperação da imagem pessoal da presidente. "Uma coisa é o governo, outra é ela pessoalmente. A faceta da imagem pessoal dela, que é a ética, até adversários admitem, tem que ser restaurada. Ela está no limite de ser considerada corrupta pela população", diz. Também na pesquisa Datafolha, 77% disseram acreditar que Dilma sabia do esquema de corrupção da Petrobras.
A recuperação de um governante com estes índices de aprovação, segundo Pacheco Jordão, é possível, mas depende de um contexto favorável, difícil neste momento de "crises confluentes" do governo Dilma. As denúncias de corrupção afetarem a Petrobras é também um agravante. "A Petrobras é importante no subconsciente e na formação da brasilidade. Há uma história de discurso profundamente nacionalista, de crescimento e novas descobertas", explica.
Fátima Pacheco Jordão acha que pode ser eficiente a estratégia do Planalto de expor mais a presidente Dilma para tentar resgatar a aprovação, mas vê também o governo perdendo oportunidades.
"A posse do Mangabeira Unger (na Secretaria de Assuntos Estratégicos) seria uma excelente oportunidade para que ela expusesse sua ideia de caminho do Brasil no futuro", diz a pesquisadora, para quem Dilma está muito presa aos problemas do presente e não consegue oferecer perspectiva de futuro à população. A expectativa é tão importante na aprovação quanto a avaliação dos atos já tomados.
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