Política

Governo lança novo modelo de crédito imobiliário e programa para reforma de moradias

Medidas anunciadas por Lula buscam ampliar o acesso ao financiamento e injetar R$ 20 bilhões no setor habitacional

Giovanna Camiotto

Publicado em 08/10/2025 às 07:35

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) / Marcelo Camargo/Agência Brasil

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O presidente Luiz Inácio "Lula" da Silva lançará nesta sexta-feira (10), em São Paulo, um novo modelo de crédito imobiliário e um programa voltado à reforma de moradias. As medidas têm como objetivo impulsionar o setor habitacional, ampliar o acesso ao financiamento e contornar a escassez de recursos da caderneta de poupança, principal fonte de funding dos bancos.

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Segundo apuração do Valor Econômico, a expectativa do governo é injetar ao menos R$ 20 bilhões no mercado imobiliário por meio de novos empréstimos habitacionais. A maior parte dos recursos virá de bancos públicos, mas instituições privadas também poderão aderir à iniciativa.

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O novo modelo busca flexibilizar as regras atuais, que determinam que 65% dos recursos da poupança sejam destinados ao crédito imobiliário, 20% fiquem retidos no Banco Central e 15% sejam de uso livre dos bancos. A proposta prevê que parte dessas obrigações seja substituída por mecanismos de mercado, aumentando a oferta de crédito. As mudanças ainda dependem de aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN).

Mas pode demorar...

Para reduzir resistências do setor financeiro, o governo pretende implementar o sistema de forma gradual. No primeiro ano, o modelo tradicional e o novo deverão coexistir em fase de testes. A medida foi desenhada para atender a demandas do mercado, especialmente de bancos ligados a construtoras, que pediam mais clareza sobre o impacto das mudanças na captação de recursos.

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Além do novo modelo de crédito, Lula apresentará o programa de reforma de moradias, que contemplará três faixas de renda. Famílias com renda de até R$ 3,2 mil terão acesso a juros de 1,17% ao mês; para quem ganha entre R$ 3,2 mil e R$ 9,6 mil, a taxa será de 1,95% ao mês; e rendas superiores a esse valor pagarão taxas de mercado.

O presidente chegou a adiar o lançamento do programa por considerar elevadas as taxas inicialmente propostas, que ultrapassavam a Selic. A expectativa é de que a nova linha de crédito para reformas esteja disponível na Caixa Econômica Federal até o fim de outubro.

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