Política

Eduardo Paes afirma que não vai mais negociar com sindicato dos professores

O prefeito do Rio de Janeiro reiterou que cortará o ponto de quem faltar ao trabalho

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 08/10/2013 às 19:52

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Após quatro horas de reunião com os conselhos de professores, diretores, funcionários e pais de alunos, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) disse nesta terça-feira, 08, que abriu "nova instância de diálogo" e deixou claro que não quer mais negociar com o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), que lidera greve de 52 dias. Ele reiterou que cortará o ponto de quem faltar ao trabalho.

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"Estamos tentando estabelecer diálogo com quem de fato representa a educação, discutindo como minimizar os efeitos dessa greve. Os dirigentes do sindicato estão muito radicalizados. Diálogo pressupõe pauta racional. Eles querem nomear a secretária no meu lugar, querem revogar uma lei que dá aumento para professor. Isso é pauta de quem não quer acordo", disse. Uma reivindicação dos grevistas é a demissão da secretária de Educação, Cláudia Costin.

Segundo o prefeito, 10% dos 42 mil professores da rede municipal estavam em greve nesta terça. Disse que chegou a 20%, "no momento de pico". "Várias pautas foram atendidas, a gente espera que os professores voltem às salas de aula (...) pelo menos em respeito à carreira e à profissão."

Conselheiros disseram que não cabe a eles manter ou não a greve. Cada conselho tem 22 integrantes eleitos por pais, alunos, professores e funcionários. "O prefeito colocou a parte dele, nós colocamos os anseios de cada segmento. Não interessa se é o prefeito que vai ceder ou o sindicato. O importante é que as aulas retornem ao ritmo normal", disse a diretora Talma Romero.

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Representantes dos professores, Adélia Azevedo disse não participar da greve por estar prestes a se aposentar, mas que a considera "altamente legítima e necessária".

Eduardo Paes deixou claro que não quer mais negociar com o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Foto: Agência Brasil)

"As crianças estão sem escola, o que (os professores) vêm reivindicando não é real. É importante que cheguem a um acordo e respeitem os pais", reclamou Fidelina Rocha, do conselho de responsáveis pelos alunos.

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Um dos cinco coordenadores gerais do Sepe, Alex Trentino insistiu na demissão de Cláudia Costin. "Quem exige não é o sindicato, e sim a categoria. A secretária não atende aos anseios dos professores, não quer debater. O prefeito tem o direito de criticar nossas propostas, mas não pode desconhecer que o Sepe é o legítimo representante da categoria dos professores. Temos 20 mil filiados na rede municipal. A prefeitura está gastando em publicidade, para explicar a discussão com os professores, quando poderia usar esse dinheiro para melhorar a oferta à categoria", disse.

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