Política

'É difícil mobilizar as pessoas para serem razoáveis', diz Marina

Ela criticou os ataques entre os candidatos, o que, para ela, acirra a violência na campanha

Folhapress

Publicado em 11/09/2018 às 13:28

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Sem citar o nome de Geraldo Alckmin, também criticou a formação de amplas alianças. / Rodrigo Montaldi/DL

Continua depois da publicidade

A presidenciável Marina Silva (Rede) afirmou nesta terça-feira (11) ser difícil mobilizar eleitores para propostas "razoáveis", o que, para ela, impacta em seus resultados nas pesquisas de intenção de voto.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Marina minimizou a queda registrada tanto pelo Datafolha como pelo Ibope, mas disse ser afetada por propostas classificadas por ela como populistas.

Continua depois da publicidade

"É muito difícil mobilizar as pessoas para serem razoáveis. Ou mobiliza em cima do populismo de direita ou esquerda, ou do que é fácil fazer", disse ela, em sabatina do jornal O Globo, ao ser questionada sobre o desempenho de Jair Bolsonaro (PSL) nas pesquisas.

Ela criticou os ataques entre os candidatos, o que, para ela, acirra a violência na campanha -concretizada no atentado a Bolsonaro. Apesar disso, não se furtou a criticar propostas de adversários.

Continua depois da publicidade

"O ato [facada] desmoralizou a política de segurança do Bolsonaro. Não funcionou para ele, altamente protegido, por que vai funcionar para você, dona de casa, sozinha dentro de casa, para se defender?", disse ela.

Sem citar o nome de Geraldo Alckmin, também criticou a formação de amplas alianças.

"Não fazer alianças é escolha. Tem a ver com coerência. É fácil dizer ser contra a corrupção, mas ter 500 anos de Lava Jato no palanque", afirmou ela.

Continua depois da publicidade

A Polícia Federal prendeu na manhã desta segunda o ex-governador Beto Richa (PSDB), candidato tucano ao Senado pelo Paraná, fato não mencionado pela candidata.

Marina também defendeu a candidatura quase solitária que mantém –tem aliança apenas com o PV. Ela diz que será possível governar mesmo sem ter acordo com as estruturas partidárias.

"Todos nós que resistimos à ditadura militar, se alguém dissesse que não tem como mudar isso. Imagina, até hoje seria ditadura. Não é assim mesmo, não vai ser assim mesmo. Vamos criar uma nova cultura política", disse ela.

Continua depois da publicidade

A presidenciável disse que seu isolamento partidário se deve ao interesse das siglas em estrutura para campanha. Ela negou que não tenha atraído aliados em razão da falta de competitividade.

"Infelizmente no Brasil essa coisa de ser competitivo tem a ver com as estruturas, dinheiro, marqueteiro. Não é intenção de voto, porque na largada a gente estava na frente", afirmou. 

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software