Política
A presidente esteve em Mato Grosso para inaugurar um trecho de 260 quilômetros da Ferronorte, de Rondonópolis a Itiquira, que facilitará o escoamento de grãos do Estado para o porto de Santos
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Em meio a críticas pelo atraso nos canteiros de obras e pelas falhas nos leilões de concessões de rodovias, a presidente Dilma Rousseff reconheceu nesta quinta-feira (19), em viagem a Rondonópolis, cidade a 215 quilômetros de Cuiabá, os problemas na área de infraestrutura. Ela, porém, reclamou de analistas e opositores e pôs a culpa em governos estaduais, empresas e órgãos de fiscalização. "Não vou dizer que nós somos absolutamente perfeitos, que está tudo andando, mas acho que tem um pessimismo adversativo", afirmou.
A presidente esteve em Mato Grosso para inaugurar um trecho de 260 quilômetros da Ferronorte, de Rondonópolis a Itiquira, que facilitará o escoamento de grãos do Estado para o porto de Santos. Em conversa com os jornalistas após a solenidade, a presidente minimizou problemas nos cronogramas da ferrovia Transnordestina e da transposição das águas do rio São Francisco "Não está parada a Transnordestina. A transposição pelo contrário. Em outubro (a obra da transposição) terá o maior número de operários nos canteiros", disse. "Outro dia vi uma manchete (de jornal) que dizia assim: `A inflação está caindo, mas não parece'. Acho estranho."
Dilma avaliou que os governos estaduais não querem cobrança de pedágio e as empresas exigem apenas concessões valorizadas e demoram na entrega de obras dos trechos licitados. "Têm estados que se recusam a pagar tarifa de pedágio. É impossível fazer concessão sem tarifa. Também não posso fazer uma concessão e levar dez anos para realizar a obra", disse. "Temos de compatibilizar rapidez com taxa de retorno significativo."
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Integração
Ela se queixou de ações do Ministério Público que provocam interrupção das obras de infraestrutura. "É preciso que haja uma integração entre o governo e a iniciativa privada. Mas que os órgãos de fiscalização também sejam participantes desse esforço", afirmou. "Vamos garantir mais eficiência, maior qualidade e maior credibilidade."
No início da conversa com os jornalistas, ela perguntou a um repórter por onde ele andava. O repórter respondeu que estava viajando pelo interior. "Então, você está ficando estarrecido com a quantidade de obras que o governo está fazendo", disse. "Que nada, presidente", respondeu o repórter.
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