Política

Dilma quer aprontar nova fase do Minha Casa Minha Vida

Na solenidade, a presidente ainda tentou afastar as acusações de que os programas sejam eleitoreiros

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 15/10/2013 às 17:43

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A presidente Dilma Rousseff defendeu, na manhã desta terça-feira (15), os programas sociais do governo federal e a forma como os recursos públicos são empregados. "Se alguém perguntar: 'para onde vai o dinheiro dos impostos?' Ele vai para pagar a casa de vocês, vai para pagar essas casas", disse a presidente, durante entrega de 1.740 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida em Vitória da Conquista, no sul da Bahia. As obras consumiram R$ 96,6 milhões.

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Na solenidade, ela ainda tentou afastar as acusações de que os programas sejam eleitoreiros. "Ninguém pode chegar para vocês e falar 'olha, vocês ganharam a casa, então me faça esse favor aqui, porque eu te ajudei'", argumentou. "O dinheiro que financia estas casas é o dinheiro dos impostos, do povo brasileiro. É o dinheiro da dignidade e da cidadania, é o dinheiro de vocês."

Dilma anunciou, também, que está em estudos a próxima fase do Minha Casa, Minha Vida. "Quando nós lançamos este plano, no finalzinho de 2009, falamos que a gente ia fazer 1 milhão de moradias, mas muita gente disse que esse programa não era para valer, que tínhamos lançado só para enganar", lembrou. "Conseguimos, até o fim de 2010, no governo do presidente Lula, contratar 1 milhão, construímos uma parte no meu governo, e, como a gente tinha aprendido como fazer rápido essas casas, decidimos que íamos fazer mais 2 milhões até 2014. Agora, vamos fazer 2,75 milhões até o fim do ano que vem - e acho vamos cumprir essa meta sem problemas. Por isso, estamos pensando em deixar pronta uma nova fase."

Segundo a presidente, a ideia é que, no próximo governo, a meta de casas construídas seja similar à de sua atual gestão. "Não basta fazer 2,75 milhões de novas casas, quem vier depois de mim tem de repetir a dose", afirmou. "Por isso, nós vamos avaliar uma nova quantidade de habitações e vamos colocar a viabilidade dessas habitações bem clara. O País tem de ter o compromisso de acabar com o déficit habitacional. Os brasileiros precisam dessas casas para que possamos ser uma nação desenvolvida. Não só é possível enfrentar esse déficit habitacional como nós todas as condições para fazê-lo."

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Dilma ainda comparou o programa habitacional do governo com o Mais Médicos. "A ideia é a mesma do Minha Casa, Minha Vida, porque nós temos de tratar daquilo que o povo mais precisa", disse. "O povo precisa de moradia, então tem de ter moradia. O povo precisa de médico, então tem de ter médico."

A presidente Dilma Rousseff durante assinatura de contrato para ampliação do metrô em Salvador (BA) (Foto: Halice Freitas/Futura Press)

PIB baixo

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Dilma também usou os programas sociais do governo para tentar rebater as críticas sobre os baixos índices de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do País nos últimos anos. "País desenvolvido não é o país em que o PIB cresce, em que você mede a qualidade de vida das pessoas pela quantidade de produtos, em um país desenvolvido, você mede a qualidade de vida pelo conforto que as pessoas têm, pelo acesso que têm à casa própria, pelo emprego que elas conseguem, pela qualidade da saúde que ela recebe, pela qualidade da educação que ela recebe", argumentou. "Quando nós tivermos esses índices melhores, nós seremos uma nação desenvolvida."

De acordo com a presidente, o crescimento do PIB não é suficiente para o País. "É óbvio que a gente precisa que a economia cresça, é óbvio que a gente precisa que o PIB cresça, mas no Brasil nós temos a experiência do passado, no qual o PIB crescia e a renda se concentrava na mão de uns poucos", avalia. "Nós queremos que o PIB cresça, mas que a renda seja distribuída Por isso fizemos o Bolsa Família, por isso fazemos o Minha Casa, Minha Vida, por isso vamos fazer o Mais Médicos."

Dia dos Professores

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Dilma também aproveitou o discurso para homenagear os professores e prometeu "lutar para ter a melhor educação possível" no País. "Para ter um caminho de crescimento sustentável, seja quando se trata da melhoria de vida dos mais pobres, seja para ter uma economia desenvolvida, (o País) precisa da educação", disse. "No dia do professor, temos de comemorar com eles dizendo o seguinte: agora, nós passamos uma lei que determina que 75% dos royalties do petróleo e metade dos recursos do petróleo do fundo social nós vamos gastar com educação. Isso é um passaporte para o futuro, porque nós sabemos que, assim como precisamos de casas, nós precisamos de educação de qualidade."

A presidente afirmou que o governo precisa se preocupar em oferecer "as mesmas oportunidades" para crianças de famílias pobres e de famílias de classe média, desde a creche. "Hoje, uma criança de classe média tem estímulos, tem jogos, tem acesso a uma série de atividades, a uma quantidade imensa de informação, e uma criança das famílias mais pobres tem de ter a mesma oportunidade", disse. "Temos de ter uma obsessão, uma ideia fixa: precisamos da educação de qualidade para dar um salto para um país desenvolvido."

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