Política

Dilma defende enriquecimento do povo em sexta visita do ano a Minas

A visita da presidente aconteceu um dia depois de o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), participar de evento ao lado de Aécio, em Diamantina (MG)

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 13/09/2013 às 20:06

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A presidente Dilma Rousseff afirmou, nesta sexta-feira, 13, em Uberlândia (MG), que o Brasil só vai ser um país rico quando o povo for rico, ao comentar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

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"Tem de acabar com a história antiga que esse País podia ser rico com um povo pobre. Jamais podemos aceitar isso outra vez. Esse País só vai ser rico se seu povo for rico", disse a presidente. Esta é a sexta visita do ano que Dilma faz a Minas Gerais, berço do senador Aécio Neves (PSDB-MG), possível adversário nas eleições de 2014. Em seu discurso, ela citou seu maior padrinho político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e sua boa relação com o Estado onde nasceu.

A visita da presidente Dilma aconteceu um dia depois de o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), participar de evento ao lado de Aécio, em Diamantina (MG), e defender o apoio do partido à sua candidatura. Em um discurso com tom político, a presidente defendeu que País rico é um País sem miséria.

"Não basta o PIB crescer, tem de crescer para vocês (população). Não basta o PIB melhorar, a saúde tem de melhorar. Não basta o PIB crescer se não houver empregos de qualidade", afirmou a presidente. Ela ponderou que "é muito importante que o PIB cresça", mas deixou claro que o foco de seu governo será a melhora da renda da população mais pobre.

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"Não é possível só querer fazer prédio, fazer a ponte... é importante fazer a escola, é importante qualificar a vida da pessoa", discursou Dilma. "Focar na pessoa significa esse País entender que tem que ter uma prioridade. A primeira prioridade desse País só pode ser a população."

Em uma referência ao aumento de renda da população mais pobre durante os governos do PT, a partir de 2006, a presidente defendeu que Brasil era um dos países "mais desiguais" do mundo e que está mudando. "Nosso País, que antes era dos lugares mais desiguais do mundo (...) estamos garantindo que essa luta contra a desigualdade seja irreversível", afirmou.

Segundo ela, só a educação e o emprego podem tirar o País de uma situação de pobreza. "Só temos certeza que vamos acabar completamente com a miséria e com a pobreza por dois caminhos: educação e emprego", disse.

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A presidente Dilma Rousseff afirmou que o Brasil só vai ser um país rico quando o povo for rico (Foto: Dida Sampaio/Agência Estado)

Lula

Em um discurso para 2,6 mil alunos que se formaram no ensino técnico com recursos com recursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec), do governo federal, Dilma citou o ex-presidente Lula para defender a importância da qualificação técnica.

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"Temos que dar oportunidade para a população. Sem isso, o país não cresce", afirmou Dilma, antes de anunciar que citar o exemplo de alguém que o público conhecia. "Essa pessoa, dizia que tinha orgulho de ter tido dois diplomas na vida, o primeiro foi do Senai e o segundo o de presidente de República. Tô falando do Lula."

Dilma anunciou que o Pronatec vai virar uma ação permanente do governo federal. "É um dos programas mais importantes do governo O Brasil precisa capacitar seus jovens, adultos e quem vive em situação da pobreza", defendeu Dilma.

Mais Médicos

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A presidente Dilma Rousseff também afirmou que respeita os médicos brasileiros, mas que não se pode olhar de onde vem o diploma do profissional, ao defender a ocupação das vagas não preenchidas do programa Mais Médicos por estrangeiros. O programa, que vai levar médicos a regiões periféricas e ao interior do País, teve baixa adesão na primeira fase.

"Ficou visível que os médicos que se inscreveram na primeira fase não foram trabalhar. Não todos, uma parte", afirmou Dilma, em entrevista concedida para duas rádios locais. "Então, vamos agora preencher com médicos estrangeiros."

Segundo Dilma, o objetivo é colocar mais médicos na rede para atender a população. "A gente não negocia com saúde. Saúde é inegociável. Respeito os médicos brasileiros, porque acho que eles são de alta qualidade. Agora, nós não podemos olhar de onde vem o diploma", enfatizou a presidente. "Vimos no Brasil que não temos médicos necessários para atender a população. Tem que ter o médico para atender", disse a presidente.

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Dilma voltou a citar dados de países como Estados Unidos, Inglaterra e Canadá, que têm percentuais elevados de médicos formados em outros países em sua rede. "No Brasil são apenas 1,78%. Olha a discrepância. Os países ricos vão e importam médicos. E nós, que precisamos de médicos, que somos um país intercontinental, que não temos médicos nas periferias e no interior do Brasil, não podemos importar", criticou. "Temos que colocar a saúde da população em primeiro lugar."

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