Política

Daniel Silveira sobre julgamento: ministros que votarem contra 'não são sérios'

No final de março, Silveira protagonizou o que foi definido por Lira como "uso midiático" das dependências do Congresso

Estadão Conteúdo

Publicado em 20/04/2022 às 17:55

Compartilhe:

Após ser barrado na entrada do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira, 20, o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) voltou para a Câmara e, mais uma vez, desafiou os ministros da Corte. Ao sair de seu gabinete para, segundo ele, ir ao Rio de Janeiro, o parlamentar disse que quem votar a favor da ação penal contra ele "não é sério".

"O Alexandre de Moraes não é uma pessoa séria. Os ministros não estão sendo sérios no processo. Multaram até o meu advogado por recorrer", disse Silveira a jornalistas. "Tudo é positivo para mim. Para eles, é negativo. Quem votar a favor dessa ação penal, não é sério, nem merecia estar lá no STF", emendou.

Silveira almoçou nesta quarta, 20, em um restaurante com o deputado Coronel Tadeu (PL-SP), que o apoia. Depois, ele e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho "Zero Três" do presidente Jair Bolsonaro, tentaram acompanhar o julgamento na sede do STF, mas foram impedidos.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.


O Supremo chegou a oferecer aos parlamentares a possibilidade de assistirem ao julgamento por uma televisão no Salão Branco da Corte, a antessala do plenário, mas ambos se recusaram e decidiram retornar à Câmara.

No plenário da Câmara, mais cedo, Silveira chamou Moraes de "reizinho do Brasil" e disse que o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), cometeu um "equívoco grave" ao deixar de pautar para votação no plenário da Casa a sustação da ação penal contra ele.

"Fiquei 11 meses no presídio. Onze meses, sem crime. Mas acho que eu estava mais livre. Porque o menor presídio do mundo é a toga do ministro Alexandre de Moraes, só cabe um marginal. É muito complicado que se tenha pessoas dessa estirpe dentro do Supremo Tribunal Federal, atropelando a Constituição, não respeitando o que essa Casa aqui promulgou, em 1988", declarou.

Histórico

No final de março, Silveira protagonizou o que foi definido por Lira como "uso midiático" das dependências do Congresso. Após Moraes determinar a colocação imediata de tornozeleira eletrônica no deputado, ele chegou a passar uma noite na Câmara numa tentativa de escapar da decisão judicial. A Polícia Federal (PF) foi à sede do Legislativo, mas o parlamentar se recusou a colocar o equipamento.

Depois de o ministro estabelecer uma multa diária de R$ 15 mil por descumprimento da decisão judicial, além do bloqueio de todas as contas bancárias de Silveira, o deputado decidiu deixar as dependências da Câmara e colocar a tornozeleira eletrônica. Na ocasião, pressionado por Lira, o presidente do STF, Luiz Fux, marcou o julgamento da ação penal contra Silveira para hoje.

Silveira foi preso em fevereiro do ano passado após divulgar vídeos com ameaças a integrantes do STF. Ele foi solto definitivamente em novembro, mas ficou submetido a uma série de medidas cautelares, incluindo a proibição de acesso a redes sociais e de contato com outros investigados nos inquéritos das fake news e das milícias digitais. O fato de não cumprir tais medidas levou à imposição da tornozeleira eletrônica.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Diário Mais

No litoral de SP, ela engravidou de um sacerdote e, depois, se tornou um fantasma

Maria era uma mulher que viveu por volta do ano 1900 no bairro do Paquetá, em Santos

Cotidiano

Concurso público da APS para advogado é suspenso no litoral de SP

O comunicado é da Fundação Vunesp, após decisão liminar proferida pelo juízo da 3ª Vara Federal de Santos

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter