Política

Brasil, China e Rússia se mexem nos bastidores do Brics para depender menos do dólar

As ações e acordos comerciais milionários acendem nos EUA um alerta de ameaça sobre a hegemonia da moeda americana

Jeferson Marques

Publicado em 14/08/2025 às 11:37

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Países do Briscs estão se movimentando nos bastidores para depender menos do dólar / Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Nunca se viu tantas movimentações políticas no mundo como agora em 2025, ainda mais depois das trocas públicas de farpas entre o presidente americano, Donald Trump, e Lula, nas polêmicas que envolvem a família Bolsonaro e as taxações impostas ao Brasil. Mas, nos bastidores, o Brics está se mexendo bastante.

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Há poucos dias o Brasil assinou acordos estratégicos com a Rússia e a China para ampliar a cooperação desses países - membros do Brics - em meio ambiente, finanças e infraestrutura, sinalizando movimentos diplomáticos de interdependência com impactos globais de destaque.

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Se falando do acordo com a Rússia foi estipulado um Diálogo Econômico bilateral, com troca de informações através de especialistas integrando a já existente Comissão Intergovernamental Brasil–Rússia de Cooperação Econômica, Comercial, Científica e Tecnológica.

Pelo lado do acordo com a China está a aproximação de estratégias nacionais que visam o desenvolvimento. E pelo lado do Brasil entram programas e ações de mercado já conhecidos, como a Nova Indústria Brasil (NIB), o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Plano de Transformação Ecológica e o Programa Rotas da Integração Sul-Americana.

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Na prática

Cada memorando assinado por representantes dos três países estabelecem áreas prioritárias de cooperação que abrangem políticas macroeconômicas em níveis nacional, regional e global, além do enfrentamento de desafios econômicos e discussão de reformas, cooperação tributária, financiamento de infraestrutura, novas formas de cooperação bilateral e atuação coordenada em fóruns como Brics, G20 e instituições financeiras internacionais.

O objetivo dessas tratativas é deixar os países cada vez menos reféns do dólar e das mudanças temperamentais de Trump, que faz o que quer na hora que bem entende e que está totalmente focado nos EUA e na sua economia, pouco se importando para os demais países. Ele defende aquilo que dará lucros para os seus planos, nada além disso.

Com o Brics fortalecido a caminhada para uma autonomia financeira sem o dólar como moeda dominante é encurtado, enfraquecendo inclusive o seu uso como forma de punição, como tem ocorrido com as recentes taxações.

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