X

Política

Bolsonaro diz que número de mortos na ditadura militar é igual ao do Carnaval

Relatório da Comissão Nacional da Verdade apontou 434 mortos no período entre 1946 e 1988. Em 2018, 103 pessoas morreram nas estradas no período do Carnaval.

Folhapress

Publicado em 12/10/2018 às 15:41

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). / Divulgação/Jair Bolsonaro

Em entrevista à rádio CBN nesta quinta-feira (11), o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) disse que o número de mortos e desaparecidos durante o período da ditadura militar é comparável ao de vítimas durante o Carnaval. O candidato ainda ironizou a classificação do período como "ditadura militar" ao dizer que a imprensa trabalhava com liberdade.

"Comparar o que aconteceu entre 1964 e 1985 a uma ditadura é o fim da picada. Desapareceram 400. Morreram pessoas em que circunstâncias? Hoje morre isso no Carnaval e e não se fala nada", disse Bolsonaro.

Relatório da Comissão Nacional da Verdade apontou 434 mortos no período entre 1946 e 1988. Em 2018, 103 pessoas morreram nas estradas no período do Carnaval.

Ele também defendeu aquele que identifica como seu ídolo, o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, acusado por familiares de mortos na ditadura, ex-presos políticos e pelo Ministério Público Federal de crimes como torturas, assassinatos e desaparições forçadas.

"Quando você fala no coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, não teve nenhuma condenação transitada e julgada contra ele. Você não pode acusá-lo disso. Agora, o outro lado que cometeu barbaridades vocês nunca condenam. Eu sempre falei que houve excessos dos dois lados. Não defendo ditadura nenhuma, até porque ditadura militar, onde aparece a TV Globo em 1965 e revista Veja em 1968, a imprensa funcionava a todo vapor, pelo amor de Deus", afirmou Bolsonaro.

Sobre a série de agressões que têm sido atribuídas a seus eleitores, ele disse que não quer voto de pessoas que incentivam a violência, mas recusou-se a responsabilizar-se pelos atos."Foram 48 milhões de pessoas que votaram em mim, você quer que eu me responsabilize por elas?".

O candidato também disse não ter controle sobre as "fake news" favoráveis a ele e críticas ao concorrente Fernando Haddad (PT).

Sobre sua ausência em debates, dos quais têm evitado participar, ele foi além da recomendação médica e apontou outros motivos para não se encontrar com o adversário.

"Vou debater com Haddad ou com o Lula? Qual a autenticidade do Haddad?", argumentou.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

tráfico de drogas

Polícia intercepta caminhão de doações para vítimas das chuvas no RS com 53 kg de drogas

Caminhão foi apreendido na rodovia estadual SC-480, em Santa Catarina

Diário Mais

Ong TamTam reflete sobre atenção à saúde com programação cultural até dia 25

Toda programação cultural e social é gratuita, de 18 a 25 de maio, no Teatro Municipal de Santos

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter