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Política

Bolsonaro diz que as eleições deste ano estão 'sob suspeição'

O argumento, segundo ele, é que o sistema eletrônico de votação é suscetível a fraudes

Folhapress

Publicado em 31/07/2018 às 10:10

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O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, colocou em dúvida, nesta segunda-feira (30), a lisura do processo eleitoral de outubro / Reprodução/YouTube

O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, colocou em dúvida, nesta segunda-feira (30), a lisura do processo eleitoral de outubro.

"As eleições, de qualquer forma, estão sob suspeição", disse ele, durante entrevista ao programa "Roda Viva", da TV Cultura.

O argumento, segundo ele, é que o sistema eletrônico de votação é suscetível a fraudes. Ele criticou decisão do STF de anular dispositivo da lei eleitoral que previa a impressão do voto, após pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

"Eu lamento que a senhora Raquel Dodge tenha prestado um desserviço à sociedade há poucas semanas.

Por intermédio de uma ação dela, o Supremo derrubou a possibilidade do voto impresso nessas eleições.

Ou seja, vamos continuar sob a suspeição da fraude, e o voto é uma coisa sagrada da democracia", afirmou.

Questionado sobre o motivo de disputar eleições que ele acredita serem passíveis de fraude, o político afirmou que não tinha outra escolha.

"Qual outro caminho eu tenho, entregar para o PT ou para o PSDB? Eu vou estar na luta de qualquer maneira. Todos nós desconfiamos."

Durante a entrevista, ele afirmou que sente que "tem mais votos que Lula".

"Eu sou recebido de uma forma completamente diferente do que o Lula foi em suas caravanas. E isso é em qualquer lugar que eu vá, em qualquer canto do Brasil. A aceitação é enorme para com o meu nome. O que o povo está vendo em mim é confiança, é credibilidade."

Pesquisa realizada pelo Datafolha em junho mostra que o capitão reformado mantém a liderança da corrida presidencial nos cenários em que Lula está ausente, com 19% das preferências.

Durante a entrevista, Bolsonaro voltou a elogiar o regime militar, negando que tenha ocorrido um golpe em 1964.

"Não foi golpe, golpe é quando é pé na porta", disse o candidato, com o argumento de que o presidente derrubado, João Goulart, abandonou o país e que seu cargo foi declarado vago pelo Congresso da época.

Ao mesmo tempo, disse que a tortura, comum durante o período militar, é algo que "abomina".
Como vem fazendo, ele negou que seja homofóbico, racista e misógino.

Também disse que recebe auxílio moradia da Câmara mesmo tendo apartamento próprio porque tem direito ao benefício.

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