23 de Maio de 2024 • 15:53
Geraldo Alckmin decidiu que concorrerá à presidência do PSDB / Divulgação/Fotos Públicas
Depois de um longo dia de conversas, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, decidiu na noite de domingo (26) que concorrerá à presidência do PSDB. Antes de anunciar que disputará o cargo, o tucano espera uma conversa conjunta com os dois postulantes pela presidência: o senador Tasso Jereissati (CE) e o governador Marconi Perillo (GO).
O primeiro sinal positivo veio de Tasso, conforme antecipou o Painel, da Folha de SP.Paulo, com quem o governador paulista conversou na última quinta-feira (23). Ele aguardava um encontro com Perillo para saber se o goiano também abriria mão de disputar o comando do partido, o encontro aconteceu na noite de domingo (26) em São Paulo.
Alckmin quer uma conversa conjunta com os dois para "aparar arestas". Sua candidatura é vista como a única saída para unificação do partido, diante disso, ele quer evitar que essa unidade se dê apenas "da boca para fora".
Partido rachado
O PSDB está rachado diante das divergências em torno do apoio do partido ao governo Michel Temer e às medidas defendidas por ele.
A ala liderada por Tasso adota uma postura mais contundente de críticas ao governo e propõe que o partido faça um discurso de "mea culpa", criticando a prática de troca de cargos por apoio político.
Já a candidatura de Perillo foi costurada com o apoio do senador Aécio Neves (MG), licenciado da presidência do PSDB desde que se tornou alvo da delação da JBS, em maio deste ano.
Alckmin considera a postura adotada por Tasso como "radical" e temia que o tom de críticas levasse o PSDB a um "isolamento" em 2018. Atento às movimentações partidárias, o tucano já vislumbra alianças com outras legendas, buscando fortalecer sua candidatura.
Por outro lado, também não agravada 100% o paulista a candidatura do governador goiano.
Eleições
Ao se tornar presidente nacional da legenda, Alckmin fortalece sua candidatura ao Palácio do Planalto em 2018, cargo para o qual é favorito entre os tucanos.
A costura para que o partido chegue unificado à convenção, tira do caminho do governador paulista um cenário que poderia levar a um palanque dividido no ano que vem. O racha interno geraria uma perda de apoio de uma das duas alas do PSDB.
A convenção do PSDB está marcada para 9 de dezembro. Na data será definido o comando do partido pelos próximos dois anos, incluindo o período eleitoral.
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