26 de Maio de 2024 • 12:23
Política
A tese do impeachment perdeu força internamente no partido, que preferiu investir em na tentativa de abrir, antes, uma ação penal contra a presidente em razão das "pedaladas fiscais"
Alvo recente de críticas e ironias do Movimento Brasil Livre, parlamentares do PSDB decidiram minimizar a marcha pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff organizada pelo grupo que deve chegar nesta quarta-feira, 27, ao Congresso Nacional.
A ideia original dos líderes da oposição era inflar o movimento para criar um fato político. Mas a tese do impeachment perdeu força internamente no partido, que preferiu investir em na tentativa de abrir, antes, uma ação penal contra a presidente em razão das "pedaladas fiscais" (o atraso nos repasses de valores do Tesouro a bancos públicos para aumentar o superávit primário).
Inconformados com a mudança de estratégia do PSDB, os ativistas passaram a chamar o senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do partido, de "traidor", em vídeos e mensagens nas redes sociais.
A reação crítica dos "andarilhos" ao recuo pegou os parlamentares tucanos de surpresa. Embora não tenham debatido oficialmente o assunto, líderes e dirigentes tucanos temem ser hostilizados e reclamam da "intolerância" do grupo.
Alvo dos ataques, Aécio optou por não polemizar com os líderes da marcha, que no seu melhor momento reuniu cerca de 30 pessoas. Mas também decidiu não se juntar ao grupo.
Anteontem, ele escreveu um tuíte prestando solidariedade aos ativistas da marcha que foram vítimas de um acidente na noite de sábado. Líder do MBL, Kim Kataguiri respondeu com ironia: "Aécio Neves, obrigado. lhe aguardamos no dia 27 para marchar conosco. Espero que não tenha nenhuma viagem marcada para NY". Foi uma referência ao fato de Aécio e outros tucanos estarem em Nova York semanas atrás no momento em que Luiz Fachin, indicado de Dilma ao STF, era sabatinado no Senado.
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