26 de Julho de 2024 • 22:20
Ao final de 2022, o mercado financeiro esperava um crescimento de apenas 0,8% para o acumulado de 2023, / Unsplash
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Dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados nesta sexta-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. apontam que a economia brasileira fechou o ano de 2023 com crescimento acumulado de 2,9%.
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Analistas consultados pela agência Bloomberg, na mediana, projetavam alta de 3% para o período de 12 meses.
Considerando somente o quarto trimestre de 2023, o PIB ficou estagnado (0%) em relação aos três meses imediatamente anteriores, disse o IBGE. Nesse recorte, a expectativa mediana de analistas era de variação de 0,1%, conforme a Bloomberg.
O primeiro ano do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi marcado pela ampliação da safra agrícola. Assim, especialmente no início do ano passado, o PIB contou com impulso da agropecuária, especialmente no início do ano passado.
A atividade econômica também foi beneficiada em 2023 pela retomada do mercado de trabalho. A abertura de empregos e a melhora da renda, aliadas à trégua da inflação, ajudaram o consumo.
O governo ainda apostou em medidas como a transferência de recursos via Bolsa Família para as camadas mais pobres da população.
O patamar elevado dos juros, por outro lado, representou um entrave para um avanço maior do consumo. O ciclo de cortes da taxa básica, a Selic, só teve início em agosto.
Com os juros altos e o fim da safra de grãos, a economia deu sinais de perda de ritmo na segunda metade de 2023. Mesmo assim, o PIB fechou o ano passado com um desempenho superior ao projetado inicialmente por analistas.
Ao final de 2022, o mercado financeiro esperava um crescimento de apenas 0,8% para o acumulado de 2023, conforme a mediana do boletim Focus, divulgado pelo BC (Banco Central). As previsões foram ajustadas para cima ao longo do ano.
CENÁRIO DE DESACELERAÇÃO EM 2024
Para o PIB de 2024, a expectativa é de desaceleração. Segundo a mediana da edição mais recente do Focus, publicada na terça (27) pelo BC, analistas do mercado projetam um avanço de 1,75%. As estimativas, contudo, vêm subindo
Neste ano, a atividade econômica não deve contar com o mesmo impulso da agropecuária, já que fenômenos climáticos extremos jogam contra a produção no campo.
Os juros, por outro lado, estão em ciclo de queda. O corte é visto como possível estímulo para o consumo em 2024, incluindo o de bens de maior valor agregado, dependentes de financiamentos.
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