Bolsonaro, que é investigado por liderar uma suposta tentativa de golpe de Estado, também figura em outras apurações conduzidas pela Polícia Federal / Antonio Cruz/Agência Brasil
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a instalação imediata de uma tornozeleira eletrônica no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A medida foi classificada como urgente, com o objetivo de assegurar a aplicação da lei penal e evitar a fuga de Bolsonaro.
Segundo a PGR, há “indicativos concretos de possível fuga” e de ações contínuas para obstruir o andamento do processo penal. A solicitação ocorre no âmbito da operação autorizada por Moraes contra o ex-presidente, que também apontou declarações públicas de Bolsonaro e a atuação de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), nos Estados Unidos, como atentados à soberania nacional.
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O ministro chegou a classificar a sobretaxa de 50% imposta pelo ex-presidente americano Donald Trump a produtos brasileiros como uma “extorsão” em retaliação às ações da Justiça brasileira.
Bolsonaro, que é investigado por liderar uma suposta tentativa de golpe de Estado, também figura em outras apurações conduzidas pela Polícia Federal. Ele foi alvo da operação e, por ordem do STF, deverá utilizar tornozeleira eletrônica.
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O ex-presidente se dirigia à sede da Polícia Federal em Brasília para instalação do equipamento nesta quinta-feira (18).
A medida ocorre às vésperas do julgamento sobre a suposta trama golpista, que pode resultar em sua prisão. A defesa de Bolsonaro reagiu afirmando ter recebido a decisão “com surpresa e indignação” e declarou que o ex-presidente “sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário”.
A decisão judicial também coincide com a intensificação dos laços entre aliados de Bolsonaro e o governo de Donald Trump. Eduardo Bolsonaro está atualmente em viagem aos EUA, e a solicitação da PGR foi protocolada no STF em 11 de julho, dois dias após o anúncio da sobretaxa norte-americana, que mencionou o processo em curso contra Bolsonaro como justificativa.
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