Antes de encalhar, esses animais estavam em sua rotina normal: nadando longas distâncias pelo alto mar em busca de pequenos peixes, lulas e crustáceos. / Crédito: IPec/ Divulgação
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Nos últimos cinco dias, mais de 350 pinguins-de-magalhães foram encontrados mortos em Ilha Comprida, litoral de São Paulo. O Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC) registrou o que chama de “encalhe em massa” e alerta para a situação preocupante nas praias da região.
Os pinguins encontrados estavam em estágio avançado de decomposição, o que torna impossível descobrir exatamente o que causou a morte de cada animal.
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Entre as hipóteses levantadas pelo instituto estão a longa migração, dificuldade para encontrar alimento, parasitoses, doenças infecciosas e até a interação com a pesca.
Antes de encalhar, esses animais estavam em sua rotina normal: nadando longas distâncias pelo alto mar em busca de pequenos peixes, lulas e crustáceos.
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Os pinguins-de-magalhães podem mergulhar até 50 metros de profundidade e possuem uma glândula que ajuda a eliminar o excesso de sal do corpo.
Durante a migração, muitos ficam cansados, desidratados ou enfraquecidos, e justamente nesse momento acabam encalhando nas praias.
Além das dificuldades naturais, os pinguins enfrentam ameaças provocadas pelo homem. Plásticos, produtos derivados de petróleo e derramamentos de óleo prejudicam a natação e a manutenção da temperatura corporal, podendo causar hipotermia e desidratação.
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O contato com óleo, por exemplo, gruda nas penas e impede que as aves mantenham o calor do corpo, tornando a sobrevivência ainda mais difícil.
O IPeC segue acompanhando e registrando ocorrências nas praias de Iguape, Ilha Comprida e Cananéia pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS).
Quem encontrar algum animal debilitado deve entrar em contato imediatamente pelos telefones: (13) 3851-1779, 0800 642 33 41 ou pelo WhatsApp (13) 99691-7851.
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Essa não é a primeira vez que pinguins aparecem nas praias do litoral paulista. Em julho, um pinguim-de-magalhães foi avistado por banhistas na Praia da Enseada, em Guarujá.
Ele foi resgatado pelo Instituto Gremar e levado ao Centro de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos, onde recebeu cuidados até se recuperar.
Essas aves seguem um ciclo natural intenso: nadam, caçam e migram por milhares de quilômetros todos os anos. Muitos pinguins enfrentam exaustão, doenças ou falta de alimento durante a jornada.
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Infelizmente, nem todos conseguem chegar vivos até o litoral, e a sequência de mortes recentes mostra como o equilíbrio da vida marinha é frágil, especialmente quando ameaças humanas se somam aos desafios naturais.
O canal Academia dos Curiosos explica em vídeo disponivél no YouTube informações e curiosidades sobre essa espécie que foi a primeira registrada: