O objetivo é aproximar produtores e escolas, garantindo alimentos frescos, nutritivos e de origem local / Freepik
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O Ministério Público Federal (MPF) lança nesta sexta-feira (7) a Comissão de Alimentos Tradicionais dos Povos (Catrapovos) no Litoral Norte de São Paulo, em uma ação que visa integrar alimentos produzidos por povos e comunidades tradicionais às merendas escolares da rede pública.
O evento é uma realização do MPF, em parceria com o Fórum de Comunidades Tradicionais (FCT) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Bocaina (OTSS).
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A iniciativa abrangerá os quatro municípios da região – Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba – e tem como foco viabilizar a compra pública de produtos locais, fortalecendo a produção sustentável e o desenvolvimento comunitário.
O projeto Catrapovos, desenvolvido em todo o Brasil, busca criar circuitos curtos de comercialização dentro do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
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O objetivo é aproximar produtores e escolas, garantindo alimentos frescos, nutritivos e de origem local nas refeições dos alunos.
A iniciativa também incentiva a preservação dos saberes tradicionais, valorizando a cultura alimentar de comunidades indígenas, caiçaras e quilombolas.
No Litoral Norte, os cardápios escolares passarão a incorporar ingredientes típicos da região, oriundos da agricultura familiar, da pesca artesanal e do extrativismo, promovendo uma alimentação mais saudável e regionalizada.
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A cerimônia de lançamento ocorrerá às 9h, na sede do MPF em Caraguatatuba (Av. Geraldo Nogueira da Silva, 644, bairro Indaiá).
O encontro reunirá representantes do MPF, de prefeituras locais e das comunidades tradicionais, com o intuito de definir um plano de trabalho para dar início efetivo ao projeto na região.
“Trata-se de uma ação voltada à inclusão da sociobiodiversidade nos mercados formais dos quatro municípios”, destaca a procuradora da República Walquiria Imamura Picoli, que coordena a iniciativa no Litoral Norte.
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Segundo a procuradora, a criação da Catrapovos do Litoral Norte representa um importante passo para fortalecer a economia local e promover a autonomia das comunidades tradicionais.
“A implantação da comissão significa um avanço em direção a uma economia mais equitativa, à promoção da saúde e à valorização da identidade cultural das dezenas de comunidades que vivem na região”, afirma Walquiria.
Com a Catrapovos, o MPF reafirma seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e com o reconhecimento das práticas tradicionais, reforçando o papel das comunidades locais na construção de políticas públicas alimentares mais justas e inclusivas.
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