A Praia de Castelhanos tem cerca de 200 moradores / DIVULGAÇÃO
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Os turistas que pretendiam retornar seus passeios para a baía de Castelhanos, região leste de Ilhabela, no Litoral Norte paulista. Terão de esperar mais um pouco. O Decreto Municipal 8.183/2020, assinado pela prefeita Maria das Graças Ferreira, a Gracinha, e publicado nesta segunda-feira (27/7), proíbe o turismo por tempo indeterminado.
Objetivo é conter o avanço do novo coronavírus (Covid-19) nas chamadas comunidades tradicionais. Castelhanos tem cerca de 50 famílias, cerca de 200 moradores, e é muito procurada por turistas por suas praias, consideradas redutos de turista e quem quer um lugar mais relaxante. Ela tem restaurantes, áreas de camping, chalés.
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O decreto segue recomendação do Ministério Público Federal, Procuradoria da República em Caraguatatuba que consideram a suspensão da visitação turística nos Parques Estaduais, entre eles, o Parque Estadual de Ilhabela, que abrangem os territórios em que vivem várias comunidades tradicionais, e reconhece o Estado de Calamidade Pública decorrente da pandemia da Covid-19 com base no Decreto Estadual nº 64.879, de 20 de março de 2020.
Desta forma, a entrada de veículos em Castelhanos está proibida por terra e pelo mar, com exceção dos transportes oficiais, casos de emergência e moradores.
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Desde o início da pandemia as associações Amor Castelhanos e Castelhanos Vive se uniram e pediram que a Fundação Florestal oriente os turistas na guarita de entrada da trilha para que não entrem no local.
A secretária da Associação Amor Castelhanos, Angélica de Souza, conta que a comunidade já teve um caso confirmado e uns ainda aguardam resultados de exames, por isso há uma preocupação. “Estava tudo certo para ab rir no dia 1º de agosto, mas com a confirmação do caso permanecemos fechados”.
Ela completa que, “seguimos todas as recomendações, já estamos em isolamento desde o início da pandemia, mas a orientação ainda é tomar alguns cuidados porque vírus está circulando na comunidade”.
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Ainda conforme Angélica, diante da situação as lideranças optaram para aguardar os exames que devem chegar ainda nesta semana. “Tomara que dê negativo para pensarmos na reabertura. Por isso esse cuidado para não vim gente agora. Inclusive, já conversamos para saber o que os comércios e visitantes devem fazer quando aqui for reaberto”.
O comerciante Wanderlei dos Santos Valério, o Alemão, diz que a expectativa é que a abertura ocorresse até 7 de agosto, mas a publicação do decreto o deixou preocupado. “Estou na expectativa de abrir logo porque tenho 14 funcionários e não tenho mais como ficar fechado”.