Serão 17 estandes com pratos à base de camarão e mandioca, e outros dois com doces típicos / Freepik/stockking
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A partir desta quarta-feira (16), Caraguatatuba dá início à 26ª edição do tradicional Festival do Camarão, que vai até o dia 27 de julho, na Praça da Cultura. O evento, que se tornou um dos marcos culturais e turísticos da cidade, celebra as raízes da comunidade caiçara da Praia do Camaroeiro e oferece uma imersão nas tradições, sabores e saberes de uma das mais antigas comunidades pesqueiras do Litoral Norte.
Além da culinária, o festival também valoriza a memória e o modo de vida tradicional dos pescadores locais, com diversas atrações culturais, exposições e atividades voltadas à sustentabilidade e ao fortalecimento da identidade caiçara.
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Serão 17 estandes com pratos à base de camarão e mandioca, e outros dois com doces típicos.
O público poderá ainda vivenciar o cotidiano tradicional da pesca artesanal, com espaços como a Casa do Caiçara e o Rancho Caiçara, onde haverá demonstrações de cunhagem de canoa, confecção de redes, contação de histórias e lendas locais, além de exposições do Arquivo Municipal e do Museu de Arte e Cultura (Macc).
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Também haverá programação educativa e ambiental com degustações de produtos da Mata Atlântica, como o Cambuci, no estande da Secretaria de Meio Ambiente.
No último dia do festival, 27 de julho, acontece a tradicional Corrida de Canoa na Praia do Centro, a partir das 9h. A competição terá categorias solo, dupla masculina, feminina e mista.
As inscrições serão feitas no local e os participantes que não possuírem canoas poderão utilizar embarcações cedidas pela organização. A programação se encerra com o evento “Canoa a Pano”, com apresentações especiais.
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Criado em 1998 pela Colônia de Pescadores Z-8 e pela Secretaria de Turismo, o Festival do Camarão nasceu como forma de celebrar o fim do defeso do camarão e incentivar a pesca sustentável. Desde 2008, o evento acontece na Praça da Cultura, com programação ampliada para além da gastronomia, incluindo manifestações culturais, música e esporte.
A comunidade do Camaroeiro, origem do festival, começou a se formar nos anos 1940 com famílias de pescadores que viviam em casas de pau-a-pique e utilizavam lampiões para iluminação.
O nome da praia vem da abundância de camarões na região, cuja pesca com puçá era fonte principal de sustento. As esteiras de taboa feitas pelas mulheres também tinham papel importante na rotina de trabalho da pesca.
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A fé da comunidade deu origem à celebração em homenagem a São Pedro, padroeiro dos pescadores, impulsionada após a descoberta de sua imagem no mar em 1955 por um pescador local.
A festa incluía rezas, danças, procissão marítima e comidas típicas como café com torresmo e bolos oferecidos gratuitamente, ganhando o nome de “Festa do Isidoro” em homenagem ao pescador que encontrou a imagem.
A Festa de São Pedro, com seus capitães do mastro, da fogueira e do pau-de-sebo, além das quadrilhas e da cana verde, se misturou ao Festival do Camarão, preservando tradições que seguem vivas até hoje e reafirmam a identidade cultural da cidade.
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