A ideia é adiantar os relógios em uma hora entre 1º de novembro de 2025 e 15 de fevereiro de 2026 / Divulgação/Agência Brasil
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O governo federal voltou a discutir a possibilidade de reintroduzir o Horário de Verão no Brasil. Extinta em 2019, a medida pode retornar já em 2025, diante do alerta do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sobre risco de sobrecarga no sistema e baixa nos reservatórios.
A ideia é adiantar os relógios em uma hora entre 1º de novembro de 2025 e 15 de fevereiro de 2026, deslocando o pico de consumo para momentos de menor demanda.
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O Ministério de Minas e Energia (MME) destaca que a decisão será tomada após a conclusão de relatórios técnicos em fase final de elaboração.
A retomada do horário diferenciado é vista como uma forma de ampliar o uso de energias renováveis, como solar e eólica, e diminuir a necessidade de acionar termelétricas — mais caras e poluentes.
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Segundo o Plano de Operação Energética (PEN) 2025, a mudança ajudaria ainda a preservar níveis seguros nos reservatórios das hidrelétricas durante os meses mais secos.
Um fator de atenção é o clima: 2025 está sendo marcado pela neutralidade, sem a atuação de El Niño ou La Niña.
A última vez que isso ocorreu foi em 2013, antecedendo um dos períodos mais severos de escassez hídrica no país. Essa condição reforça a importância de estratégias para equilibrar o consumo e a oferta de energia.
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Além do impacto na rotina da população, a decisão passa por uma análise técnica mais complexa do que em anos anteriores, que leva em conta não apenas a demanda elétrica, mas também o comportamento das chuvas e a integração crescente de fontes limpas na matriz energética. O posicionamento final do governo deve ser anunciado até o fim do ano.