As tartarugas chegam ao centro porque foram comprados ainda filhotes, muitas vezes do tamanho de uma moeda / Divulgação/Governo de SP
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O Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres de São Paulo realizou a repatriação de 58 tigres-d’água (Trachemys dorbigni) ao Rio Grande do Sul.
As tartarugas foram transportadas com apoio da Polícia Rodoviária Federal e recebidas pela Divisão de Fauna da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul.
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Os animais foram soltos no Lago Guaíba, em Guaíba (RS), seu habitat natural.
Esses animais são popularmente conhecidos como tartarugas-tigre e são a segunda espécie de réptil mais recebida no Cetras-SP, quase sempre vítimas do comércio ilegal de fauna silvestre.
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As tartarugas chegam ao centro porque foram comprados ainda filhotes, muitas vezes do tamanho de uma moeda.
As pessoas não têm consciência do tamanho desse animais, que exigem manejo específico e podem viver por décadas. Quando se tornam adultos, muitos acabam sendo abandonados ou entregues voluntariamente.
Espécie típica do extremo sul do Brasil, o tigre-d’água compete com espécies nativas quando solto em parques urbanos fora de sua área de ocorrência, podendo causar desequilíbrios ecológicos.
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Além disso, a soltura irregular é crime ambiental.
A repatriação dos animais tem como objetivo fortalecer populações locais e preservar o equilíbrio dos ecossistemas em sua região de origem.
A operação faz parte de uma rede de colaboração entre órgãos ambientais e de segurança pública, que viabilizam o transporte seguro e o monitoramento da soltura.
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O tráfico de fauna representa um desafio crescente. Somente em 2024, quase metade dos 8.683 animais recebidos pelo Cetras-SP foi vítima desse tipo de crime ambiental, um total de 4.197 animais, média de 12 por dia.
Dos reabilitados em 2024, mais de 74% já retornaram à natureza. Os demais, com sequelas permanentes, foram encaminhados a instituições de apoio.
O Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres de São Paulo foi fundado em 1986 e fica localizado no Parque Ecológico do Tietê, na zona leste da capital.
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Essa instituição tem como missão reabilitar e reintegrar animais silvestres vítimas de tráfico, acidentes ou maus-tratos.
Cada animal passa por triagens clínicas, com protocolos específicos de alimentação, fisioterapia e estímulos comportamentais.
Apesar dos esforços da equipe, o número crescente de casos e a gravidade das ocorrências impõem desafios contínuos.
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