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Estudo da ONU indica quando o Brasil chegará ao ápice populacional

Diante do agravamento climático e do esgotamento de recursos, o crescimento populacional se tornou uma preocupação

Da Reportagem

Publicado em 12/07/2024 às 14:05

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O documento World Population Prospects 2024 prevê crescimento populacional 6% menor no planeta do que o estimado há dez anos / Pexels

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Nesta quinta-feira (11), foi divulgado um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) que projetou que o pico da população mundial acontecerá neste século, com 10,3 bilhões de pessoas até 2084. O Brasil atingiria 219,28 milhões de habitantes até 2042, batendo o ápice populacional.

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Diante do agravamento climático e do esgotamento de recursos, o crescimento populacional se tornou uma preocupação.

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O documento World Population Prospects 2024 prevê crescimento populacional 6% menor no planeta do que o estimado há dez anos.

O Censo IBGE 2022 mostrou que o Brasil diminuiu o ritmo de crescimento, A taxa média ficou pela primeira vez abaixo de 1%, sendo o menor crescimento populacional histórico registrado desde 1872.

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No estudo do ano passado, os dados revelaram que o percentual de idosos chegou a 10,9%, com alta recorde frente aos números de 2010, de 7,4%.

Segundo estimativa da ONU, o índice de idosos nas próximas três décadas chegará a 18%.
Essa nova estrutura etária trará diversos desafios, especialmente com a velocidade com que esse envelhecimento populacional está ocorrendo.

Essa mudança de perfil vai pressionar a demanda por serviços de saúde e assistência social, além de elevar os gastos com a previdência.

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Por outro lado, o fim do bônus demográfico (pico de proporção de jovens em idade economicamente produtiva) impactará o PIB do país, o que pode impactar a renda.

O relatório da ONU mostra que 63 países já atingiram o ápice populacional, entre eles a China, Alemanha, Japão e Rússia. A estimativa é de que haja uma redução nas próximas décadas.

Um dos fatores que podem causar essa diminuição é a queda da natalidade.

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Segundo a organização, as mulheres estão tendo menos filhos do que na década passada. 

A média de nascidos vivos está abaixo de 2,1, nível necessário para que haja crescimento constante a longo prazo de uma população.

Quase um quinto de todos os países, entre eles China, Itália e Espanha, têm a fertilidade considerada baixa, com menos de 1,4.

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Essa baixa pode significar uma redução nas pressões ambientais decorrentes de impactos humanos pois haverá uma diminuição do consumo agregado. Porém, isso não elimina a necessidade de reduzir o impacto médio atribuível às atividades de cada pessoa.

O relatório, por fim, alerta que os países com fertilidade em declínio têm tempo limitado para se beneficiarem economicamente da população em idade ativa. Será preciso que o governo desses países reforcem investimento em educação, saúde e infraestrutura, além de implementar reformas para criação de empregos e tornar a gestão pública mais eficiente.

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