22 de Maio de 2024 • 17:34
Mais 900 empregados da fábrica da General Motors (GM), em São Caetano do Sul, no ABC paulista, entraram hoje (18) em regime de lay-off, elevando para mais de 1.719 o total de trabalhadores afastados. Por meio desse sistema, os empregados têm o contrato de trabalho suspensos, temporariamente, mas continuam recebendo os salários sendo que metade é custeada pela empresa e outra parte pelo governo federal por meio dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Em assembleia ocorrida na última sexta-feira (15), os trabalhadores da GM aprovaram a medida que durará cinco meses. E mesmo após este prazo, a empresa se compromete a garantir o pagamento dos salários por mais seis meses. Nesse período de afastamento, os metalúrgicos assumem o compromisso de fazer cursos de atualização profissional.
Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo do Sul, Cícero Marques da Costa, amanhã (19), haverá uma reunião com a montadora para discutir a situação dos 819 metalúrgicos com prazo de lay-off a ser encerrado no próximo dia 9 de junho. Nesse encontro, o sindicato também pretende convencer a GM a chamar de volta 150 demitidos para colocá-los também sob regime do lay-off. “Vamos tentar esgotar as possibilidades de preservar os empregos.”
A GM justifica que está com excedente de pessoal, um problema que também afeta outras indústrias do setor. “A medida tem como objetivo ajustar a produção a atual demanda do mercado,” diz a nota da empresa.
De acordo com o último balanço da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), no primeiro quadrimestre deste ano a produção teve queda de 17,5% sobre o mesmo período do ano passado, enquanto na mesma base de comparação, as vendas internas recuaram 17,8%.
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