Especialistas alertam: preguiça e desmotivação podem excluir jovens do mercado / Unsplash
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A geração Z, formada por jovens nascidos entre 1997 e 2012, tem sido apontada como a que menos quer trabalhar e se engajar em tarefas rotineiras. O desinteresse por empregos de entrada e funções presenciais está levando empresas a buscar alternativas mais previsíveis: a inteligência artificial (IA).
Segundo pesquisa do British Standards Institution (BSI), 41% dos líderes empresariais já preferem automatizar funções antes de contratar novos funcionários, e 31% recorrem à tecnologia como primeira opção. Cerca de 40% das empresas acreditam que, nos próximos cinco anos, cargos básicos serão praticamente ocupados apenas por sistemas automatizados.
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O estudo revela que 39% das companhias já reduziram funções de entrada, enquanto 20% dos executivos afirmam que todas ou a maioria das atividades de jovens iniciantes podem ser substituídas por IA. Para especialistas, o problema não é apenas a tecnologia, mas o comportamento da própria geração Z, que demonstra menor interesse em rotinas e tarefas presenciais, o que prejudica sua permanência no mercado.
Apesar do cenário crítico, a IA também representa oportunidade para aqueles que se adaptarem. A diretora do BSI, Susan Taylor Martin, alerta que tecnologia e capacitação devem caminhar juntas: “São as pessoas que impulsionam o progresso. Investimento em tecnologia precisa vir acompanhado de qualificação e bem-estar dos trabalhadores”.
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O alerta é claro: empresas devem reinventar seus processos, enquanto a geração Z precisa aprender a lidar com IA, desenvolver habilidades comportamentais e buscar aprendizado contínuo. Caso contrário, corre o risco de ficar cada vez mais distante do mercado, enquanto a automação assume tarefas que antes cabiam a humanos.
O futuro do trabalho promete um choque entre o avanço das máquinas e a necessidade de adaptação da juventude, numa era em que empregos simples podem deixar de existir para os que não se atualizarem.