Emprego
Região cresce acima da média do estado e se destaca na construção civil, serviços e comércio
Nathalia Alves
Publicado em 24/09/2025 às 09:43
Compartilhe:
5 cidades do ABC estão entre as que mais geram empregos em São Paulo / Reprodução/Pexels
Continua depois da publicidade
De acordo com dados da Fundação Seade, o Grande ABC volta a assumir protagonismo no cenário econômico paulista. As cinco cidades da região — Santo André, São Bernardo, São Caetano do Sul, Diadema e Mauá — estão entre as 50 que mais criaram empregos em 2025.
O desempenho confirma uma tendência observada nos últimos 12 meses: em comparação com outras regiões do estado, o ABC foi a que mais cresceu no ano passado e também no primeiro semestre deste ano. Dentro da própria Região Metropolitana de São Paulo, apresentou o melhor resultado econômico.
Continua depois da publicidade
Em 2024, o ABC cresceu 4,9%, contra 3,4% do estado. Esse avanço econômico está diretamente ligado à geração de empregos, impactando não apenas o PIB, mas também a criação de renda e oportunidades de trabalho.
Segundo o economista Lúcio Flávio Freitas, professor da USCS, o crescimento se concentrou principalmente na construção civil, nos serviços e no comércio. Embora o ABC tenha uma trajetória histórica associada à indústria, hoje o setor de serviços, especialmente a construção civil, vem ganhando espaço como motor de geração de empregos.
Continua depois da publicidade
“O ABC é uma região muito bem situada, servida por grandes rodovias, próxima ao litoral e à cidade de São Paulo, o principal centro financeiro do país. Essa infraestrutura atrai investimentos e estimula serviços e construção civil, setores que adensam e dinamizam ainda mais a região”, explica o professor.
Apesar do saldo positivo, Freitas alerta para riscos no horizonte.
“Infelizmente já há sinais de desaceleração. O PIB brasileiro cresceu 0,4% no segundo trimestre, contra 1,3% no primeiro. A indústria está estagnada. Isso deve impactar o mercado de trabalho em algum momento, pois o ajuste ocorre mais lentamente, já que depende de contratos e da retenção de trabalhadores qualificados. As empresas relutam em demitir de imediato, mas esse fôlego tem limite”, afirmou.
Continua depois da publicidade
Ainda assim, segundo o economista, os resultados recentes ajudam a explicar o protagonismo do ABC na criação de empregos em São Paulo.
