Educação
Protótipos baseados em arara-canindé e beija-flor prometem maior eficiência aerodinâmica e menor gasto energético no uso de drones
Modelos estão sendo projetados por uma equipe de mais de 20 pesquisadores / Divulgação/GovernoSP
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A próxima revolução no mercado global de drones — estimado em mais de US$ 35 bilhões — pode vir da biodiversidade brasileira.
Inspirados na estrutura e comportamento de aves nativas como a arara-canindé e o beija-flor, engenheiros da Unesp desenvolvem uma nova geração de veículos aéreos não tripulados (VANTs), com foco em economia de energia e eficiência aerodinâmica.
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Apresentado na Fapesp Week França, o projeto liderado pelo professor Douglas Bueno, da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira (Unesp), pretende entregar até 2028 dois protótipos bioinspirados: um de médio porte com base na arara-canindé e outro menor, inspirado no voo preciso do beija-flor.
Os modelos estão sendo projetados por uma equipe de mais de 20 pesquisadores, com auxílio de simulações computacionais e impressões em 3D.
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Além de prometer voos mais econômicos e manobráveis, os drones poderão ser usados em entregas de longa distância, monitoramento ecológico — com camuflagem que imita a fauna — e até em operações militares.
A equipe também estuda a implementação de painéis solares nos equipamentos, tornando-os autossuficientes em campo.
“Se conseguirmos replicar a eficiência do voo natural, teremos drones mais potentes e sustentáveis”, afirma Bueno. O projeto também propõe novos métodos matemáticos e computacionais para produção em escala, com potencial para comercialização futura.
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